Para entender a Guerra Civil da Síria, iniciada em 2011, e a queda do regime Assad depois de 53 anos, torna-se um complexo desafio, pois envolve diversos atores políticos com seus respetivos interesses. Faremos um breve panorama para entender a situação atual, divididos em 8 pontos.
1. Uma das ditaduras mais brutais e duradouras do Médio Oriente, o regime de Assad na Síria, caiu. Rebeldes sírios entraram no coração de Damasco, capital da Síria, neste domingo (8), quando o reinado de 53 anos de Bashar al-Assad e seu pai, Hafez, chegou a um fim dramático.
2. Para os sírios, a queda do Regime de Assad é apenas o começo, não o fim – as ruas estavam cheias de júbilo e celebração. Mesmo que a direção em que o país esteja indo não seja clara, as forças rebeldes e o público sírio entendem a magnitude desta hora crítica e têm um grande desejo de uma restauração da ordem sobre o caos.
3. Os grupos incluem uma aliança de milícias apoiadas pela Turquia, conhecida como Exército Nacional Sírio (SNA, na sigla em inglês), que, assim como o HTS, dominava uma parte do noroeste da Síria. No nordeste, os grupos das Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês), em sua maioria curdos, também ganharam espaço.
4. O líder do Hayat Tahrir-al Shams (HTS), Abu Mohammad al-Jowlani, anunciou triunfantemente “a captura de Damasco”. Agora, ele está usando sua verdadeira identidade, Ahmed al-Sharaa, em vez de seu nome de guerra, como um sinal de sua súbita ascensão a um papel muito maior em nível nacional.
5. O presidente sírio deposto, Bashar al-Assad, e a sua família chegaram à Rússia. Vladimir Putin tomou a decisão de conceder asilo político. Kremlin pede reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
6. O presidente eleito Donald Trump, observou que os rebeldes estão se preparando para fazer um movimento muito grande.
– Síria está uma bagunça, mas não é nossa amiga, e os EUA não devem ter nada a ver com isso. Esta não é a nossa luta. Deixem que ela se desenrole. Não se envolva! – alertou Trump.
7. As Forças de Defesa de Israel assumiram o lado sírio do Monte Hermon, para expandir uma zona tampão desmilitarizada ao longo da fronteira com a Síria e também em vários outros pontos de importância para a defesa.
8. A queda de Assad enfraquece o eixo de resistência de Teerã, Damasco e Beirute – e consolida o sucesso de Israel na guerra contra o eixo. A saída de Assad remove um bastião do qual Irã e Rússia detinham o poder no Oriente Médio.
Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.
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