Estamos evidenciando a Revolução Islamoesquerdista. Esse neologismo é o resumo da profunda crise política na França, uma aliança ideológica entre os militantes da extrema esquerda e de grupos islâmicos radicais.
A extrema esquerda venceu as eleições legislativas na França, realizadas em dois turnos e decidida no último domingo (7), mas não conseguiu a maioria absoluta na Assembleia Nacional (parlamento), que é de 289 dos 577 assentos, e com isso a governabilidade no país entra em terreno desconhecido.
Mediante esse colapso, a violência no país se torna irreversível, já é a nação mais perigosa da Europa. Consolidando-se nas eleições, a vitória da morte, dos adoradores do aborto e do terrorismo.
Entretanto, precisamos ressaltar que apenas 66% dos eleitores compareceram para votar, e deles apenas um pouco mais que um terço votou no RN (Rassemblement National, partido de direita, liderado pela Marine Le Pen), ou seja, cerca de 22% dos eleitores.
A Frente Popular, uma união por conveniência entre esquerdistas variados que vão de antissemitas a ambientalistas defensores do aborto e pró-Hamas, recebeu 29,5% dos votos, não muito diferente da votação do RN.
A principal diferença é que a FP é uma coalizão muito instável, pronta para se desfazer a qualquer momento, enquanto o RN é um partido único, sólido e bem organizado. Como destacou Le Pen, o apoio do partido dobrou o que, segundo ela, estabelece as bases para uma vitória futura.
Direita com número recorde de deputados na Assembleia Nacional
Apesar da derrota do Rassemblement National (RN) para a coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), seguida pela aliança centrista do presidente Emmanuel Macron, a direita conseguiu ganhos significativos, passando de 89 lugares, em 2022, para pelo menos 123 na Assembleia Nacional.
Dezenas de deputados de direita, recém-eleitos, chegaram pela primeira vez à Assembleia Nacional francesa, após serem anunciados os resultados das eleições legislativas.
A aliança da extrema esquerda detém o maior número de lugares na Assembleia Nacional, com 193 de 577, mas está muito aquém do limiar de 289 lugares para uma maioria. Os centristas de Macron têm 164.
Com este número, o Rassemblement National terá um papel fundamental na manutenção ou na queda do futuro governo. Uma coisa é certa: vão bloquear qualquer primeiro-ministro de esquerda, disse a maioria dos deputados aos jornalistas.
País continua “ingovernável” depois das eleições
A França vive uma crise inédita, depois do fracasso de Macron, com o déficit público e a dívida do país se tornando fontes de cobrança dentro da cartilha exigida pela UE.
Um parlamento fraturado lança o país num território desconhecido que envolverá negociações tensas para formar um novo governo e nomear um primeiro-ministro, que se concentra na política interna e partilha o poder com o Presidente.
A imprensa francesa repercute os resultados das eleições legislativas, depois da criticada dissolução da Casa, o plenário continua fragmentado em três blocos, sem maioria, e a França ficará sem dúvida, por muito tempo, ingovernável.
O jornal Le Parisien chega à mesma conclusão:
– A situação é ainda mais nebulosa e confusa no final dessas eleições legislativas. Para o diário, os resultados tornam a Assembleia “ingovernável”, e os franceses têm dificuldade em ver para onde caminha o país.
Mais do que nunca, persiste a imprecisão sobre as futuras alianças e o futuro primeiro-ministro, sublinha o jornal La Voix du Nord, que questiona em sua manchete: “A esquerda na frente: e agora?”
Jean-Luc Mélenchon, amigo de Lula
O líder da extrema esquerda na França, Jean-Luc Mélenchon, destaca-se por ser um antissemita extremista, amigo do Lula e admirador de ditadores.
Ganhou notoriedade nos últimos dias, depois que a coalizão formada por partidos de esquerda, elegeu o maior número de deputados, mas sem conquistar a maioria para comandar a Assembleia Nacional.
A NFP não existia no cenário político francês até o início do mês passado, quando o presidente Macron, dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições. A decisão se deu depois da vitória da direita na disputa pelas cadeiras do país no Parlamento da União Europeia.
Admirador dos ditadores venezuelano Hugo Chávez e cubano Fidel Castro, Mélenchon também possui posições controvérsias na política externa, com destaque para a guerra no Oriente Médio, na qual tem sido um forte crítico de Israel e pró-Hamas.
O LFI, principal partido da coligação Nova Frente Popular, não condenou o Hamas como organização terrorista, mesmo após eventos de violência contra civis perto da Faixa de Gaza.
Depois dos resultados eleitorais recentes, Mélenchon prometeu pressionar pelo reconhecimento de um Estado palestino, destacando a autonomia internacional que buscará alcançar.
O líder visitou Lula em Curitiba enquanto o ex-presidente brasileiro estava preso. Durante essa visita, Mélenchon expressou sua emoção e solidariedade, afirmando que recebeu “energia” de Lula e condenou o que chamou de “processo político” contra ele. Mélenchon conheceu Lula ainda como sindicalista e, depois prisão, destacou a força de caráter do então ex-presidente brasileiro.
Sobretudo, se faz necessário destacar o desabafo do rabino, Moshe Sebbag, da Grande Sinagoga de Paris:
– Não há futuro para os judeus na França.
Em suma, a França se afastou de seus valores judaico-cristão, e está pagando muito caro por isso…
Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.
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