Israelenses protestam contra o plano de revisão judicial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na frente do parlamento, em Jerusalém — Foto: Ariel Schalit / AP Photo
O aeroporto de Tel Aviv, o principal de Israel, suspendeu nesta segunda-feira (27) os voos e operações em terra por conta de fortes protestos nos arredores contra a reforma do Judiciário do governo.
Veja o que já ocorreu nesta segunda-feira:
- O aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, o principal de Israel, cancelou todos os voos por causa dos protestos, segundo a imprensa local.
- Uma greve foi convocada pelo chefe do sindicato Histadrut de Israel, Arnon Bar-David. A Associação Médica de Israel e a Federação de Autoridades também anunciaram adesão à paralisação, também de acordo com a mídia israelense.
- O governo de Netanyahu sobreviveu nesta segunda a uma moção de censura no Parlamento. A moção – um recurso de regimes parlamentaristas através do qual os deputados podem retirar um primeiro-ministro do cargo foi rejeitada por 60 deputados. Outros 51 votaram a favor. Com isso, o Parlamento deu aval para que Netanyahu siga no cargo.
- Cerca de 80 mil pessoas participaram da manifestação nos arredores do Parlamento de Israel, em Tel Aviv. Os protestos chegaram, inclusive, perto da casa de Netanyahu.
- Mais manifestantes saíram também saíram às ruas de Jerusalém e outras cidades.
A reforma de Netanyahu tem angariado cada vez mais críticos, que alegam que a subordinação do Judiciário ao Parlmento coloca em risco o caráter democrático do Estado.
Diante dos novos protestos, Benjamin Netanyahu pediu aos manifestantes que protestem sem violência. Mas não se pronunciou sobre o texto da reforma. “Apelo a todos os manifestantes em Jerusalém, à direita e à esquerda, para se comportarem com responsabilidade e não agirem com violência. Somos pessoas fraternas”, declarou.
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Em um discurso na noite de sábado, o ministro exonerado, que pertence ao mesmo partido de Netanyahu, o conservador Likud, disse temer que a divisão sobre a reforma crie uma “ameaça real para a segurança de Israel“.
Desde que o governo Netanyahu, um dos mais à direita da história de Israel, apresentou o projeto de reforma judicial, em janeiro, o país está dividido e há manifestações contrárias a cada semana.
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