Delegados da Polícia Federal decidiram subir o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de “abuso de autoridade”em uma queixa-crime apresentada ao Ministério Público Federal (MPF).
Ao todo, foram 131 investigadores pedindo a instauração de inquérito policial para apurar possíveis crimes de abuso de autoridade durante a deflagração da operação contra oito empresários que apoiam o atual presidente da República.
Os empresários participavam do grupo de WhatsApp em que se discutia os rumos do país diante da possibilidade de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado por corrupção e depois livrado em manobra dos integrantes da Corte.
Segundo a notícia-crime, endereçada ao procurador-geral da República, Antônio Augusto Brandão de Aras, são “inacreditáveis as fundamentações dos argumentos consignados pelo ministro Alexandre de Moraes para enquadrar os oito empresários como sendo líderes de organização criminosa”.
Eles também alegam que há “nítido caráter político-partidário” nas ações de Alexandre de Moraes. Em razão disso, “os requerentes, ainda, solicitam que essa Procuradoria-Geral da República adote as providências cabíveis, em face da possível suspeição do ministro Alexandre de Moraes para o exercício de suas funções na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por lhe faltar a imparcialidade necessária para o exercício das atribuições inerentes ao cargo”.
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