Dois assistentes sociais, de 48 e 26 anos, foram agredidos por um mutuário de 22 anos, durante um atendimento na sede da Companhia de Habitação da Baixada Santista (COHAB-ST), em Santos, no litoral de São Paulo. A confusão, segundo a polícia, começou porque o homem ficou nervoso ao saber que o nome dele constava na lista do cadastro habitacional da empresa.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, o caso aconteceu na quarta-feira (16), por volta das 12h35. Equipe da Polícia Militar foram acionadas via Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo (Copom), sobre ocorrência dentro da empresa, localizada na Praça dos Andradas, no Centro.
No local, os funcionários relataram que o mutuário pleiteava uma moradia da Cohab. Ele já tinha solicitado o cadastro anteriormente e o nome dele não estava na lista dos moradores que seriam atendidos em futuras unidades.
Segundo um dos assistentes sociais, o homem estava ciente e tinha feito uma declaração de próprio punho com dados pessoais, que estavam diferentes dos documentos originais. O funcionário, por sua vez, tentou explicar sobre a divergência das informações.
Porém, o homem começou a ficar nervoso e xingar os funcionários. Em seguida, ele pegou um grampeador que estava na mesa e arremessou contra um deles, mas não conseguiu atingí-lo. Os dois, então, entraram em luta corporal.
Uma outra funcionária, na tentativa de separar os dois homens, acabou tendo seu cabelo puxado e o pescoço machucado pelo mutuário. Os funcionários ainda relataram que o homem fez ameaças e disse: “Vocês vão ver, eu sei onde vocês trabalham”.
A Polícia Militar foi chamada no local e diante dos fatos orientou que todos fossem encaminhados ao 1º Distrito Policial. Um boletim de ocorrência foi registrado como vias de fato e ameaça. O autor das agressões foi liberado e as vítimas tem até seis dias para representar criminalmente contra o mutuário.
A COHAB Santista informou que repudia e lamenta profundamente o ocorrido e que está prestando todo o suporte pessoal e jurídico à colaboradora. “Fatos como esse nunca aconteceram anteriormente. Ademais, a lamentável situação se deu de forma imotivada com profissional (assistente social) que tem por profissão prestar auxílio e assistência às pessoas”, disse, em nota.
A Companhia ainda disse que situações como essa não podem voltar a ocorrer e que já está tomando as providências cabíveis em todos os âmbitos, para que fatos lamentáveis como este não se repitam. O departamento jurídico da empresa está acompanhando o caso e tomará todas as providências legais.
O prédio onde a Companhia está localizada conta com controle de acesso, onde apenas pessoas autorizadas adentram nos setores. “A relação entre empresa e mutuários sempre aconteceu com intenso profissionalismo e cordialidade de parte a parte e assim deve permanecer”.
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