“As operações aéreas do Irã contra Israel podem durar de três a quatro dias”, afirmou Ahmad Bakhshayesh Ardestani, membro da Comissão de Segurança Nacional do Parlamento iraniano.
Ardestani teria declarado ao Iran Watch – site especializado que rastreia a capacidade do Irã de desenvolver armas nucleares – que o país certamente está preparado para as consequências de tal ataque e estará pronto para qualquer desenvolvimento subsequente. Ele acrescentou que a resposta iraniana será realizada de surpresa e pode até durar de três a quatro dias.
Ele ainda pontuou ao entrevistador que o derramamento de sangue seria realizado para vingar o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que foi morto em Teerã enquanto participava da posse do novo presidente iraniano, Pezeshkian.
E concluiu:
– A resposta do Irã será definitiva e não há dúvida sobre isso.
Estratégia de vingança da República Islâmica
A adoção de uma política de paciência e espera faz parte do processo de vingança da República Islâmica.
Muitos especialistas afirmam que guerra psicológica faz parte da estratégia iraniana. David Menashri, especialista em Irã na Universidade de Tel Aviv, disse que Israel não é tão bom no jogo da paciência como o Irã, por isso será interessante ver se vai agir primeiro.
Negociações entre Israel e Hamas
Referindo-se às alegações da missão do Irã à ONU, que Teerã honraria qualquer cessar-fogo sobre os reféns em Gaza, portanto, se absteria de atacar, Ardestani disse que esta seria de fato a única situação em que o Irã não retaliaria.
No entanto, ele acrescentou que o estado das negociações entre os dois lados mostrou que é improvável que os dois lados cheguem a tal acordo no futuro e, por essa razão, a República Islâmica não deixará Israel impune mediante o derramamento de sangue do mártir, Haniyeh.
Quando perguntado se o ataque seria de natureza semelhante à Operação Verdadeira Promessa, o nome dado pelo Irã ao ataque de drones e mísseis contra Israel em abril, Ardestani disse que pode ser semelhante, mas em maior escala.
Irã enfureceu seus aliados
Entretanto, o Irã enfureceu seus aliados, particularmente o Hezbollah e o Hamas, mais uma vez pedindo cautela em responder a Israel após os assassinatos dos seus líderes de alto escalão.
Representantes do Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica Palestina, várias facções iraquianas e os Houthis participaram da reunião para coordenar uma resposta a Israel. Portanto, a Guarda Revolucionária Iraniana, ordenou aos aliados que adiem a retaliação, pelo menos até após a conclusão das negociações de reféns em Gaza, que devem terminar nesta quinta-feira (15).
Netanyahu alerta para ataque
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel está preparado para ataques tanto defensivo como ofensivamente.
– Eu sei que os cidadãos de Israel estão preocupados, e peço uma coisa a vocês: sejam pacientes e equilibrados. Estamos atacando nossos inimigos e estamos determinados a nos defender – disse ele.
Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.
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