A votação pública precisava de maioria simples em 4 dos 6 principais estados e no número total de votos no país, mas não conseguiu nenhum dos requisitos.
Na Austrália os indígenas são uma minoria étnica e representam cerca de 3,8% da população total do país. Eles habitam o local há cerca de 60 mil anos, mas não são mencionados na constituição e são, segundo a maioria das medidas socioeconômicas, as pessoas mais desfavorecidas do país.
Além disso, em média, os indígenas australianos morrem cerca de 8 anos antes do que a população em geral e têm uma taxa de suicídio duas vezes mais alta do que o restante do país.
Pessoa conta votos em referendo australiano para a criação de um comitê de defesa para a população indígena do país em 14 de outubro de 2023 — Foto: AAP Image/Con Chronis via REUTERS
O “The Voice”, como foi chamado, buscava ser o primeiro referendo aprovado desde 1977 e o primeiro a ser aprovado sem o apoio bipartidário dos principais partidos políticos.
A defensora do pedido, Tanya Hosch, que passou uma década desenvolvendo o modelo que seria adotado no Parlamento, disse à ABC: “Pessoalmente, me sinto arrasada”.
“Haverá muita dor, sofrimento e consternação e precisaremos de um momento para absorver essa mensagem e o que ela diz pra nós”, disse Hosch.
Outro defensor, Tom Mayo, disse que também estava “arrasado” e culpou os ataques injustos ao plano de dar voz à população indígena.
“Vimos uma campanha repugnante de ‘não’. Uma campanha que foi desonesta, que mentiu ao povo australiano”, disse Mayo.
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Por: G1
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