Carcaça de baleia jubarte é encontrada em avançado estado de decomposição no litoral de SP
A carcaça de uma baleia jubarte (Megaptera novaeanglicae) foi encontrada em avançado estado de decomposição na praia da Enseada, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Nas imagens obtidas pelo g1, nesta quarta-feira (5), é possível ver o animal ainda no mar, mas já sem vida.
No vídeo, um grupo de pescadores comenta sobre o tamanho da baleia. Um deles afirma que a situação é um “crime” e demonstra indignação ao ver o animal. Já outro homem disse que seria “legal se tivessem uns peixes comendo ela” para que eles pudessem pescar.
Segundo o Instituto Gremar, a ação aconteceu durante o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Após fazer o registro da ocorrência, a equipe confirmou que se tratava de uma jubarte, macho, e ainda juvenil.
Então, amostras foram coletadas para análise no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos da cidade. Logo após, o restante da carcaça foi removido pela limpeza pública municipal.
Carcaça de baleia jubarte é encontrada em avançado estado de decomposição, em Guarujá (SP) — Foto: Instituto Gremar/Divulgação
O biólogo marinho Eric Comin explicou que a população de jubartes aumentou muito. De acordo com o especialista, no ano passado tinham, em média, 22 mil baleias dessa espécie. “Com esse aumento, a gente acaba tendo um número de mortalidade mais visível”, disse.
Ele acrescenta, ainda, que é comum encontrá-las neste período do ano, por conta da rota migratória. Segundo o biólogo, em abril, o inverno deixa o mar da Antártida congelado, então, para acasalar e ter os filhotes, as baleias migram para todos os mares e oceanos, em busca de água quente e tranquila. Por fim, em setembro e outubro, elas começam a retornar, para o início da primavera e do verão.
Comin finaliza que é preciso ter atenção com a aproximação dos homens com as baleias jubartes. “A pesca é um grande vilão, não que elas são pescadas, mas, muitas redes, que ficam no mar, acabam sendo perdidas, e esses animais se enroscam e acabam causando acidentes”, explicou.
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