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A desistência ocorre após pressões do partido e de parte do eleitorado democrata. A crise na campanha de Biden começou no fim de junho, quando ele teve um mau desempenho em um debate contra Donald Trump. À época, a capacidade cognitiva do presidente foi colocada em dúvida.
Para Valdo Cruz, a decisão de Biden também pode ter sido influenciada pelo comportamento dos doadores de campanha, que começaram a se retrair após o debate.
“[Biden] é um resiliente. Não é um homem dado a desistir dos obstáculos que surgem pela frente. Mas nesse caso, a pressão estava muito forte. Até grandes apoiadores dele, como Barack Obama, passaram a sinalizar que era melhor desistir e abrir espaço para outro”, disse Valdo Cruz.
Valdo Cruz: Joe Biden é um resiliente, difícil de desistir dos obstáculos
Guga Chacra disse que “esse momento é totalmente sem precedentes” e a atenção se volta totalmente para o Partido Democrata. Segundo ele, Kamala Harris é “a favorita” e a campanha de Trump já se prepara para essa possibilidade.
“Pelo fato de ser vice-presidente, Kamala desfruta de uma legitimidade maior nesse momento. Mas o Partido Democrata não é homogêneo. Uma coisa que o Biden tinha era que ele conseguia unir o partido inteiro”, avaliou Guga Chacra.
Guga Chacra: ‘Kamala Harris é a favorita’
Marcelo Lins também acredita que “a bola está de novo com os democratas” e este pode se tornar um momento de força para o partido. “Trump aproveitou o espaço para fazer o que mais gosta de fazer: mentir loucamente. E voltou a mentir hoje, então concluo que ele sentiu a desistência de Biden”.
Marcelo Lins: O momento é dos Democratas
Para Carlos Gustavo Poggio, foi significativo que Biden tenha endossado Kamala Harris, já pedindo doação para as campanhas. “Ele está aumentando de forma muito evidente o custo para qualquer um que desafie a candidatura de Kamala dentro do partido”, disse.
“O que Biden fez foi dizer ‘Se você não quer a Kamala Harris, se apresente’. E essa pessoa vai se apresentar em condições muito mais fracas do que seria o caso se Biden não tivesse agido dessa forma tão rápida. Foi um cálculo muito claro para unir o partido em torno de Kamala Harris”, disse Carlos Gustavo Poggio.
‘Joe Biden está aumentando o custo para qualquer um que desafie a candidatura de Kamala’, diz Carlos Gustavo Poggio
Segundo José Niemeyer, a campanha volta a ter um caráter mais institucional, sobretudo com Kamala Harris. Para ele, Trump não é um candidato nessa linha e trabalha mal essa postura, o que é uma característica comum de alguns líderes no sistema internacional. Mas o analista avalia que “começa um receio grande” no Partido Republicano, “porque o eleitor está precisando de maior institucionalidade na política”.
‘A campanha volta a ter um caráter mais institucional agora’, afirma José Niemeyer
Demétrio Magnoli analisa que o anúncio de Biden, feito em redes sociais, foi feito “com rancor”, “uma forma de revelar que ele renuncia indignado com as pressões”. O analista avalia que a melhor forma de favorecer Kamala Harris seria fazer um discurso, colocando os interesses do país “acima de sua carreira”.
Para ele, Kamala será acusada de ser a “mera continuidade” de Biden e não algo novo. “Mas Biden está coroando sua sucessora e fechando o caminho para o partido fazer um processo de debate interno”.
Demétrio: Biden renunciou com rancor e está coroando uma sucessora
Em um comunicado no X, Biden anunciou a sua desistência da candidatura e disse que cumprirá o seu mandato até janeiro de 2025. Ele também anunciou seu apoio à vice-presidente Kamala Harris para assumir a candidatura.
“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu.
Até o momento, o presidente resistia à pressão de diversas maneiras. Ele deu entrevistas, fez uma reunião com governadores democratas e negou alegações de que sofria um declínio cognitivo e físico. Biden afirmou várias vezes que não iria desistir e que venceria a eleição.
Biden foi diagnosticado Covid-19 na quarta-feira (17) e teve de suspender eventos de campanha. Desde então, ele está em isolamento em sua casa em Delaware. Segundo a imprensa norte-americana, diante da pressão, ele começou a ficar mais reflexivo sobre a candidatura.
O Partido Democrata ainda não anunciou quem vai ser o novo candidato para disputar a eleição contra Trump. Veja o que deve acontecer.
Por: G1
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