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Pelas negociações anunciadas pelo próprio líder belarusso após o fim do motim, a Rússia daria anistia a Yevgev Prigozhin e garantiria a segurança de seus soldados que participaram da rebelião em troca de que o líder do grupo Wagner se mudasse para Belarus.
Lukashenko também disse ainda não saber se o resto das tropas do grupo irão a seu país.
“Se eles estarão em Belarus e em que quantidade, descobriremos em um futuro próximo”, disse. “Mas ele (Prigozhin) não está mais em território belarusso”.
Questionado sobre a declaração do presidente belarusso, no entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o governo russo não está seguindo mais o paradeiro de Prigozhin, que, até a última atualização desta notícia, não havia se manifestado.
Prigozhin não é visto desde o fim do motim.
Rússia e os mercenários do grupo Wagner: entenda a treta
Caso confirmado, o retorno do líder mercenário à Rússia abre um novo capítulo na crise entre a Rússia e o grupo Wagner, que lutava na Ucrânia ao lado de Moscou. Após a rebelião terminar, Putin falou de traição, sem se referir diretamente ao ex-aliado.
Desde o ano passado, Prigozhin vinha sendo uma voz ativa contra o desempenho das tropas russas na guerra da Ucrânia, principalmente pela falta de equipamentos.
Putin e Prigozhin eram fortes aliados até o fim de junho, quando o líder dos mercenários liderou um motim – ele vinha se queixando de falta de fornecimento de equipamentos e armas por parte do Ministério da Defesa russo às bases do grupo Wagner na Ucrânia.
O motim do grupo Wagner aconteceu no fim de junho e foi um dos principais capítulos da guerra na Ucrânia deste ano.
Em cerca de 24 horas, o grupo – uma organização russa de mercenários que luta na guerra da Ucrânia ao lado das tropas de Moscou – disse ter sido bombardeado por mísseis russos, organizou uma rebelião, tomou o controle de uma cidade e esteve a ponto provocar um conflito em Moscou.
As tensões entre o Grupo Wagner e o Kremlin não são novas – desde o ano passado, Prigozhin já vem criticando Moscou e mostrando sua insatisfação com aspectos como a falta do envio de armas e equipamentos para suas tropas, que lutam em várias frentes de batalha da Ucrânia ao lado da Rússia.
Mas a rebelião fez a tensão escalar e chegar muito perto de um conflito direto entre as duas tropas em plena capital russa.
Veja a seguir uma cronologia com os principais episódios da rebelião (o fuso horário usado como referência é o do Brasil):
Depois de meses de cobranças e críticas ao Ministério da Defesa russo, Prigozhin decide subir o tom e chama a versão do Kremlin para a guerra na Ucrânia de “mentiras inventadas”. Acusa o ministro da pasta, Serguei Shoigu, de ter ludibriado Putin para a guerra.
“O Ministério da Defesa está tentando enganar a sociedade e o presidente e nos contar uma história sobre como houve uma agressão louca da Ucrânia e que eles planejavam nos atacar com toda a Otan (…) A guerra era necessária … para que Shoigu pudesse obter uma segunda medalha (…) A guerra não era necessária para desmilitarizar ou desnazificar a Ucrânia (o principal argumento de Putin à época da invasão.”
Cerca de cinco horas depois da dura declaração, o líder do Grupo Wagner volta a emitir um comunicado no qual acusa o Ministério de Defesa da Rússia de haver bombardeado com mísseis bases de sua organização na Ucrânia, matando vários combatentes. Ele promete retaliação.
Priogozhin anuncia uma ofensiva de seus soldados na Rússia. Parte das tropas do Grupo Wagner deixa suas bases na Ucrânia, cruza a fronteira com a Rússia e chega à cidade de Rostov-on-Dom, no sul do país.
Ele afirma que seus homens vão “destruir qualquer um que ficar no caminho”.
Em Rostov, os mercenários ocupam a sede das Forças Armadas e afirmam ter tomado a cidade. Eles dizem também haver derrubado um helicóptero russo.
O Kremlin não confirma, mas a segurança em Moscou é reforçada.
O FSB, o serviço de segurança russo, anuncia ter aberto um processo criminal contra Prigozhin por motim.
Moscou eleva o alerta de segurança, colocando tanques nas ruas e milhares de militares. Os acessos à Praça Vermelha são fechados.
Prigozhin pede um encontro com o ministro da Defesa e com o chefe das Forças Armadas da Rússia e diz que, caso contrário, suas tropas entrarão na capital russa.
Vladimir Putin, que ainda não havia se manifestado desde o início da crise, faz pronunciamento à nação pela TV. Ele chama a rebelião de seu ex-amigo de “facada nas costas” e promete punir quem trair as Forças Armadas do país.
Prigozhin retruca, diz que não pretende fazer um golpe, mas lutar por Justiça. Ele diz que suas tropas chegaram a uma distância de 200 quilômetros de Moscou, já fortemente blindada.
Diante das tensões, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, um forte aliado de Putin, afirma ter intermediado uma negociação entre os dois lados, e que as partes chegaram a um acordo.
Pouco depois, Prigozhin, em uma mensagem de áudio, afirma que vai recuar e que ordenou a retirada de suas tropas perto de Moscou. Ele não confirma a negociação anunciada por Lukashenko mas diz querer evitar um “banho de sangue” na capital russa.
Na sequência, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirma o acordo intermediado por Belarus e diz que a Rússia vai retirar as acusações criminais contra Prigozhin e não perseguirá o agora ex-amigo de Putin nem os membros do Grupo Wagner que participaram da rebelião. Diz ainda que o líder dos mercenários será exilado em Belarus.
Prigozhin é visto deixando Rostov em um carro, acompanhado de outros militares.
Tanques e tropas do Grupo Wagner deixam por completo a cidade do sul da Rússia, retornando para suas bases na Ucrânia, e ruas de Moscou são desbloqueadas.
Por: G1
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