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Chefe do grupo Wagner está na Rússia, diz presidente de Belarus

today7 de julho de 2023 3

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Pelas negociações anunciadas pelo próprio líder belarusso após o fim do motim, a Rússia daria anistia a Yevgev Prigozhin e garantiria a segurança de seus soldados que participaram da rebelião em troca de que o líder do grupo Wagner se mudasse para Belarus.

Lukashenko também disse ainda não saber se o resto das tropas do grupo irão a seu país.

“Se eles estarão em Belarus e em que quantidade, descobriremos em um futuro próximo”, disse. “Mas ele (Prigozhin) não está mais em território belarusso”.



Questionado sobre a declaração do presidente belarusso, no entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o governo russo não está seguindo mais o paradeiro de Prigozhin, que, até a última atualização desta notícia, não havia se manifestado.

Prigozhin não é visto desde o fim do motim.

Rússia e os mercenários do grupo Wagner: entenda a treta

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Caso confirmado, o retorno do líder mercenário à Rússia abre um novo capítulo na crise entre a Rússia e o grupo Wagner, que lutava na Ucrânia ao lado de Moscou. Após a rebelião terminar, Putin falou de traição, sem se referir diretamente ao ex-aliado.

Desde o ano passado, Prigozhin vinha sendo uma voz ativa contra o desempenho das tropas russas na guerra da Ucrânia, principalmente pela falta de equipamentos.

Putin e Prigozhin eram fortes aliados até o fim de junho, quando o líder dos mercenários liderou um motim – ele vinha se queixando de falta de fornecimento de equipamentos e armas por parte do Ministério da Defesa russo às bases do grupo Wagner na Ucrânia.

O motim do grupo Wagner aconteceu no fim de junho e foi um dos principais capítulos da guerra na Ucrânia deste ano.

Em cerca de 24 horas, o grupo – uma organização russa de mercenários que luta na guerra da Ucrânia ao lado das tropas de Moscou – disse ter sido bombardeado por mísseis russos, organizou uma rebelião, tomou o controle de uma cidade e esteve a ponto provocar um conflito em Moscou.

As tensões entre o Grupo Wagner e o Kremlin não são novas – desde o ano passado, Prigozhin já vem criticando Moscou e mostrando sua insatisfação com aspectos como a falta do envio de armas e equipamentos para suas tropas, que lutam em várias frentes de batalha da Ucrânia ao lado da Rússia.

Mas a rebelião fez a tensão escalar e chegar muito perto de um conflito direto entre as duas tropas em plena capital russa.

Veja a seguir uma cronologia com os principais episódios da rebelião (o fuso horário usado como referência é o do Brasil):

Manhã de sexta-feira (23 de junho)

Depois de meses de cobranças e críticas ao Ministério da Defesa russo, Prigozhin decide subir o tom e chama a versão do Kremlin para a guerra na Ucrânia de “mentiras inventadas”. Acusa o ministro da pasta, Serguei Shoigu, de ter ludibriado Putin para a guerra.

“O Ministério da Defesa está tentando enganar a sociedade e o presidente e nos contar uma história sobre como houve uma agressão louca da Ucrânia e que eles planejavam nos atacar com toda a Otan (…) A guerra era necessária … para que Shoigu pudesse obter uma segunda medalha (…) A guerra não era necessária para desmilitarizar ou desnazificar a Ucrânia (o principal argumento de Putin à época da invasão.”

Tarde de sexta-feira (23)

Cerca de cinco horas depois da dura declaração, o líder do Grupo Wagner volta a emitir um comunicado no qual acusa o Ministério de Defesa da Rússia de haver bombardeado com mísseis bases de sua organização na Ucrânia, matando vários combatentes. Ele promete retaliação.

Noite de sexta-feira (23)

Priogozhin anuncia uma ofensiva de seus soldados na Rússia. Parte das tropas do Grupo Wagner deixa suas bases na Ucrânia, cruza a fronteira com a Rússia e chega à cidade de Rostov-on-Dom, no sul do país.

Ele afirma que seus homens vão “destruir qualquer um que ficar no caminho”.

Em Rostov, os mercenários ocupam a sede das Forças Armadas e afirmam ter tomado a cidade. Eles dizem também haver derrubado um helicóptero russo.

O Kremlin não confirma, mas a segurança em Moscou é reforçada.

O FSB, o serviço de segurança russo, anuncia ter aberto um processo criminal contra Prigozhin por motim.

Moscou eleva o alerta de segurança, colocando tanques nas ruas e milhares de militares. Os acessos à Praça Vermelha são fechados.

Prigozhin pede um encontro com o ministro da Defesa e com o chefe das Forças Armadas da Rússia e diz que, caso contrário, suas tropas entrarão na capital russa.

Vladimir Putin, que ainda não havia se manifestado desde o início da crise, faz pronunciamento à nação pela TV. Ele chama a rebelião de seu ex-amigo de “facada nas costas” e promete punir quem trair as Forças Armadas do país.

Prigozhin retruca, diz que não pretende fazer um golpe, mas lutar por Justiça. Ele diz que suas tropas chegaram a uma distância de 200 quilômetros de Moscou, já fortemente blindada.

Diante das tensões, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, um forte aliado de Putin, afirma ter intermediado uma negociação entre os dois lados, e que as partes chegaram a um acordo.

Pouco depois, Prigozhin, em uma mensagem de áudio, afirma que vai recuar e que ordenou a retirada de suas tropas perto de Moscou. Ele não confirma a negociação anunciada por Lukashenko mas diz querer evitar um “banho de sangue” na capital russa.

Na sequência, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirma o acordo intermediado por Belarus e diz que a Rússia vai retirar as acusações criminais contra Prigozhin e não perseguirá o agora ex-amigo de Putin nem os membros do Grupo Wagner que participaram da rebelião. Diz ainda que o líder dos mercenários será exilado em Belarus.

Prigozhin é visto deixando Rostov em um carro, acompanhado de outros militares.

Tanques e tropas do Grupo Wagner deixam por completo a cidade do sul da Rússia, retornando para suas bases na Ucrânia, e ruas de Moscou são desbloqueadas.




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Por: G1

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