Com 97,23% dos votos apurados, o candidato à Presidência de extrema direita Javier Milei é o mais votado nas eleições primárias da Argentina, realizada neste domingo (13), de acordo com a contagem oficial.
Com 94,73% dos votos apurados:
- Javier Milei tem 30,05%
- Sergio Massa 21,40%
- Patricia Bullrich tem 16,98%
Milei, do “A Liberdade Avança”, tem 30,05% dos votos. O candidato propõe dolarizar a economia e fechar o Banco Central. Admirador de Jair Bolsonaro e Donald Trump, ele une o voto dos indignados com os partidos tradicionais, principalmente entre os mais jovens.
Votando cedo no domingo, Milei disse a repórteres que membros da “casta de políticos entrincheirados” estão tentando estigmatizá-lo e que a Argentina tem uma chance de mudar após décadas de fracasso.
O ministro da Economia, Sergio Massa, ligado aos peronistas pelo “União pela Pátria”, tem 21,40%. O Ministério do Interior indicou que a ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich, lidera as primárias da coalizão de oposição “Juntos pela Mudança”, com 16,98%.
No total, “Juntos pela Mudança” alcança 28,26% dos votos e o “União pela Pátria”, 27,26% – considerando os votos de seu outro candidato, Juan Grabois.
A candidata presidencial Patricia Bullrich, da coalizão Unidos pela Mudança, acena para apoiadores na Argentina — Foto: Daniel Jayo / AP Photo
Sergio Massa, ministro da Economia da Argentina e candidato presidencial pelo partido governista — Foto: Gustavo Garello / AP Photo
Com atrasos em vários locais de votação na capital, os argentinos elegem os candidatos presidenciais para as eleições gerais de outubro em um país atormentado por uma das taxas de inflação mais altas do mundo e aumento da criminalidade.
Mais de 35 milhões de pessoas foram convocadas para participar das Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO), que funcionam como teste eleitoral para aferir as possibilidades das forças políticas e de seus candidatos às eleições presidenciais de 22 de outubro.
As primárias também definem os aspirantes a ocupar 24 cadeiras no Senado e 130 na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional, além dos candidatos a prefeito da Cidade de Buenos Aires e ao governo da província de mesmo nome, entre outras posições. O voto é obrigatório.
O presidente Alberto Fernández, que não busca a reeleição devido à queda de sua imagem nas pesquisas, afirmou que “há 40 anos somos democracia e hoje deveria ser um dia de alegria para as eleições… vamos todos votar porque é a forma de exercermos os nossos direitos”.
Ele também deu a entender que o processo eleitoral é marcado pela incerteza ao prever que o próximo presidente possivelmente será eleito em um segundo turno em novembro.
A indignação da população após anos de inflação – a última medição em junho deu 115% em relação ao ano anterior- que jogou 40% da população na pobreza, somada à insegurança e outros problemas crônicos da economia -como a escassez de dólares e endividamento – marcaram o pulso de uma campanha eleitoral com final em aberto.
Patricia Bullrich, Horacio Larreta, Sergio Massa, Javier Milei e Juan Grabois — Foto: AFP
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Publicar comentários (0)