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Os funcionários do órgão executivo da União Europeia receberam a notificação a respeito via e-mail, na manhã desta quinta-feira (23). Dele consta que a desinstalação do app chinês deve se realizar o mais rápido possível, no máximo até 15 de março.
Segundo o comissário da UE para Mercados Internos, Thierry Breton: “Estamos extremamente ativos […] para assegurar a proteção de nossos colegas.” Ele mencionou ter conversado com o diretor executivo do TikTok, Shou Zi Chew, sobre apreensões relativas à privacidade de dados.
Em seguida à iniciativa da Comissão, o Conselho da União Europeia anunciou que também banirá de seus telefones de serviço o app de compartilhamento de vídeos.
Em resposta, a companhia chinesa argumentou que a proibição se baseia numa ideia equivocada de sua plataforma: “Estamos desapontados com essa decisão, que acreditamos ser mal orientada, baseada em concepções falsas.”
Devido a suas conexões com Pequim, já há bastante tempo a empresa-matriz da TikTok, a ByteDance, de propriedade chinesa, é alvo de apelos por seu banimento nos Estados Unidos.
O país aprovou em fins de 2022 uma lei proibindo o uso do aplicativo em dispositivos cedidos pelo governo, nos níveis federal e estadual. Em janeiro, o autor do projeto, senador republicano Josh Hawley, requereu a interdição total do TikTok no país, classificando-o como “entrada dos fundos da China para as vidas americanas”.
“Ele ameaça a privacidade das nossas crianças, assim como sua saúde mental. No mês passado, o Congresso o baniu de todos os aparelhos governamentais. Agora vou introduzir uma legislação para proibi-lo em toda a nação”, anunciou no Twitter em 24 de janeiro.
Na mesma época, diversas universidades americanas, algumas de grande porte, proibiram a utilização do app de compartilhamento em seus campus, a fim de coibir eventual espionagem por parte da China.
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Apesar desses antecedentes nos EUA, a Comissão Europeia assegura não ter havido qualquer pressão por parte de Washington para sua decisão de solicitar a desinstalação do app dos celulares corporativos.
Em novembro de 2022, o TikTok admitiu ser possível acessar dados pessoais de usuários em todo o mundo a partir de sua sede na China. Mais tarde, foi forçado a reconhecer que funcionários da ByteDance acessaram dados da plataforma de vídeo para rastrear jornalistas, com o fim de identificar fontes de vazamentos de dados para a imprensa. A companhia nega que o governo chinês tenha qualquer controle sobre ela ou acesso a dados.
Na Alemanha, na quarta-feira o encarregado de Proteção de Dados, Ulrich Kelber, também reivindicou que o governo em Berlim suspenda a operação de sua presença no Facebook. O motivo seria a página não preencher todos os requisitos de proteção de dados.
Por: G1
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