O Conselho Tutelar de São Vicente, no litoral de São Paulo, foi acionado para acompanhar o caso da menina indígena de apenas cinco anos que foi estuprada na Aldeia de Paranapuã. Segundo apurado pelo g1, a vítima foi encontrada em uma região de mata, com sangramento na região genital. Ninguém foi preso.
O conselheiro tutelar Marcos Negreta, que está acompanhando o caso, contou ao g1 que foi comunicado da ocorrência no final da tarde de quarta-feira (19). Ele foi acionado por funcionários do Serviço Médico de Urgência (SAMU) e informando que havia uma criança indígena com indícios de abuso sexual.
“Assim que soubemos do ocorrido fomos até a Maternidade Municipal de São Vicente, onde a menina passou pelos primeiros atendimentos e tomamos ciência do que havia acontecido”, disse ele.
De acordo com o conselheiro, um boletim de ocorrência foi registrado. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o caso foi registrado como estupro de vulnerável na Delegacia de São Vicente. As diligências seguem em andamento para o desdobramento dos fatos. O caso será preservado devido à natureza da ocorrência e por envolver menor de idade.
Marcos disse ainda que o cacique da Aldeia Paranapuã esteve no hospital, na manhã desta quinta-feira (20), acompanhando os pais da menina. “Essa criança está acompanhada pela líder comunitária da aldeia e que, aparentemente, parece ter um vínculo com a vítima. O que nos foi informado é que essa mulher seria uma professora e que estava com a menina desde a momento em que foi chamado da Samu”, explicou.
Segundo ele, os pais da criança estavam no hospital, mas deixaram o local para prestar depoimento às autoridades policiais. O conselheiro disse que, após fazer um primeiro levantamento do fato, serão tomadas as medidas legais.
“O primeiro passo é que a criança fique bem de saúde. Após isso, faremos o comunicado ao Ministério Público da ocorrência e faremos o acompanhamento da família. Foi orientado ao cacique da aldeia que essa criança vai precisar de médicos e psicólogos e, como eles tem a questão cultural, deixamos ele ciente das próximas etapas”, finaliza ele.
A Fundação Nacional do Índio (Funai), por meio de nota, informou que acompanha o caso por meio da unidade descentralizada do órgão na região e está à disposição para colaborar com o trabalho das autoridades policiais que atuam nas investigações. A Fundação também presta apoio à comunidade.
Os policiais militares foram acionados por funcionários do Hospital Municipal de São Vicente e foram informados que o Serviço Móvel de Emergência (SAMU) socorreu uma criança de cinco anos foi socorrida com sangramento vaginal.
De acordo com o boletim de ocorrência ao qual o g1 teve acesso, as lesões de prática de estupro na menina indígena foram confirmadas pelo médico responsável pelo atendimento.
A mãe da criança relatou aos policiais que estava em uma reunião na aldeia onde mora e que, após o compromisso, ela foi encontrar a filha na casa de um de seus vizinhos. Quando chegou no local, a menina estava do lado de fora da casa, com marcas de sangue no órgão genital.
Ainda de acordo com o registro, a mãe e o vizinho desconhecem a autoria de crime. O caso foi registrado como estupro de vulnerável na Delegacia de Polícia de São Vicente. A menina foi levada para o Hospital do Vicentino, onde permanece internada.
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