O disparo ocorreu logo depois que a Coreia do Norte ameaçou, na sexta-feira (17), uma resposta em represália aos preparativos de Coreia do Sul e Estados Unidos para um período de exercícios militares conjuntos.
Autoridades japonesas disseram que ele caiu em águas dentro da zona econômica do Japão.
O míssil voou a uma altitude de 5.700 km e cobriu uma distância de 900 km, caindo no mar 66 minutos após ser lançado.
Para efeito de comparação, um míssil tático americano (como o ATACMS, usado em combates em terra), tem alcance de 300 km e voa a uma altitude de 50 km. No entanto, esse é apenas um exemplo. Acredita-se que esse míssil norte-coreano seja capaz de alcançar mais de 14 mil km. Os EUA, e outras potências militares como a Rússia, também possuem mísseis balísticos com alcance intercontinental.
O míssil de longo alcance deste sábado foi lançado de Sunan, disseram militares da Coreia do Sul. Local é onde fica o Aeroporto Internacional de Pyongyang, infraestrutura responsável pela maioria dos testes com mísseis balísticos intercontinentais.
Caça americano F-22 decolando de pista de treinamento na Coréia do Sul durante treinamento conjunto — Foto: Ministério da Defesa sul-coreano/Reprodução via AP
Uma simulação de emergência para uma possível ameaça nuclear está agendada para ocorrer no Pentágono, dentro dos Estados Unidos, nesta quarta (22) segundo o Ministério da Defesa de Seul.
Os dois países também estão planejando uma série de exercícios de campo, incluindo uso de munição real, nas próximas semanas.
Cerca de 28.500 soldados dos EUA estão na Coreia do Sul. Tropas são um legado da Guerra da Coreia (1950-1953), que terminou em um armistício em vez de um tratado de paz total, deixando as duas Coreias tecnicamente em guerra.
A Coreia do Norte disparou um número sem precedentes de mísseis no ano passado, incluindo mísseis balísticos intercontinentais que podem atingir qualquer lugar nos EUA.
Os programas de mísseis balísticos e armas nucleares da Coreia do Norte são proibidos pelas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas Pyongyang diz que o desenvolvimento de suas armas é necessário para conter “políticas hostis” de Washington e seus aliados.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ao lado de seus colegas sul-coreanos e japoneses, pediu aos países que intensifiquem a aplicação das sanções contra a Coreia do Norte em resposta ao mais recente lançamento de mísseis balísticos.
“Os países que têm influência com a Coreia do Norte devem usá-la para tentar movê-la do curso em que está seguindo nos últimos dois anos”, disse Blinken à margem da Conferência de Segurança de Munique.
O ditador norte-coreano Kim Jong Un participa de um desfile militar em Pyongyang, na Coreia do Norte, em 8 de fevereiro de 2023 — Foto: KCNA via Reuters
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Por: G1
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