Câmara dos Vereadores discute o decreto estadual 65.021/2020 nesta terça-feira (20). — Foto: Candido Gonzalez/Prefeitura de Santos
A Câmara Municipal de Santos, no litoral de São Paulo, recebe uma discussão, nesta terça-feira (20), sobre o decreto estadual que autoriza o desconto em aposentadorias de servidores públicos estaduais. O valor é utilizado para a manutenção do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe).
A reunião, que começa às 18h, é organizada pelo Conselho Consultivo Misto do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE) Baixada Santista. Ela abordará as implicações que o desconto previdenciário sobre os vencimentos dos aposentados e pensionistas tem no rendimento dos funcionários públicos estaduais.
A cobrança extra foi definida pelo decreto estadual 65.021/2020, implementado pelo governo João Doria, ao declarar que o valor arrecadado no período anterior à medida era insuficiente para manter o IAMSPE, a operadora de saúde que atende servidores estaduais e seus dependentes e que acumula reclamações de sucateamento.
Segundo a Associação de Base dos Trabalhadores do Judiciário do Estado de São Paulo (Assojubs), essa cobrança extra resultou em uma redução drástica nos valores recebidos pelos funcionários públicos estaduais.
Conforme o tesoureiro da Assojubs, Michel Iorio, o atendimento do Iamspe na Baixada Santista está precário, faltando especialidades e procedimentos. “Muitas vezes o usuário precisa realizar exames em São Paulo, com gastos em seu orçamento familiar, além do desgaste emocional e físico para quem está doente”.
Iorio afirma que o orçamento do Iamspe é custeado pelos servidores, sem a contrapartida do Governo do Estado. Segundo ele, os servidores defendem a criação de um conselho paritário, deliberativo e com participação dos funcinários integrantes da CCM Iamspe (Comissão Consultiva Mista do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).
“Os aposentados e pensionistas do serviço público estão sendo confiscados em seus vencimentos acima de um salário mínimo devido a esse decreto”, ressalta. O tesoureiro ainda afirmou que questões como a revisão do confisco apenas para servidores que recebem até R$ 3.500 também serão abordadas na sessão.
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