A vítima foi baleada no peito dentro da loja no 10º andar do prédio, na Avenida Conselheiro Nébias, no bairro da Encruzilhada, no dia 1 de fevereiro. Thiago e o irmão, que sobreviveu após levar um tiro na virilha, só atendiam com hora marcada e, portanto, haviam agendado com criminoso, que se mostrou interessado em um aparelho celular. O homem teria apresentado documentos falsos para ter acesso aos elevadores e, na ocasião, foi dito que a vítima liberou a entrada do assassino.
O advogado da família aponta, porém, uma série de falhas na conduta do prédio. “A gente não tem dúvida alguma que o prédio falhou na segurança. O autor desse latrocínio entrou no prédio de boné, de máscara e não foi feito cadastro dele na portaria. Além disso, não foi tirada foto dele na entrada, como é o protocolo do condomínio. Estamos indignados“, apontou Bernardes
De acordo com um funcionário do Edifício Legacy Tower, que não quis se identificar, o “prédio foi responsável” pelo ocorrido. Ele disse que, de fato, o criminoso apresentou um documento falso e foi autorizado a entrar. “Colocou em risco não só as duas vítimas, mas todos os condôminos do local”.
Bernardes contou ainda, que o próximo passo será ingressar com uma ação judicial de natureza civil. De acordo com o advogado, a família espera justiça. “Queremos que tudo seja esclarecido e que o condomínio seja condenado pela falha na segurança”.
Questionado sobre o andamento das investigações, o advogado disse que a família ainda não teve nenhum retorno da polícia sobre o caso. ”
A gente tem cobrado das autoridades com contatos quase que diários, buscando informações junto à polícia, mas nós não tivemos nenhuma resposta satisfatória”.
Em nota, a administradora informa que ofereceu todo o respaldo, tendo inclusive recebido a família através do advogado contratado para cuidar do caso. No mais, informou que o Inquérito Policial está sob segredo de justiça e, portanto, não pode se manifestar sobre o caso.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou, em nota, que o caso é investigado, sob sigilo, por meio de inquérito policial instaurado pela 3ª Delegacia de Homicídios da Deic de Santos.
“A autoridade policial apreendeu imagens de monitoramento e realizou oitivas de testemunhas. Diligências prosseguem para localizar os autores e esclarecer os fatos. Detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial”.
Uma pessoa morreu e outra ficou ferida ao serem baleadas durante assalto em prédio comercial em Santos (SP) — Foto: Alexsander Ferraz/A Tribuna Jornal
“Agendou para pegar um IPhone 14 e deu dois tiros. Provavelmente aconteceu outra coisa lá, devem ter discutido, foi tudo muito rápido, foi assalto, foi questão de 10 segundos”, disse ela à época.
Também na ocasião, Patrícia Varvello Nasser disse não ter conseguido digerir o fato de o criminoso ter entrado no edifício com documentos falsos, ter atirado contra os filhos e não ter sido preso. “Eles tomam tiros, o meliante sai e ninguém faz absolutamente nada”, criticou.
Mãe de dono de loja de importados morto durante assalto, em Santos, diz que criminoso havia agendado para comprar iPhone 14 — Foto: Ted Sartori/g1 e Reprodução/Instagram
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