Na terça-feira, Trump foi acusado formalmente de um crime na Justiça de Nova York. Foi a primeira vez que acusações formais foram apresentadas contra qualquer ex-presidente norte-americano ou presidente em exercício.
Um dia depois, ele escreveu em uma rede social: “Os republicanos no Congresso devem retirar as verbas do DOJ (Departamento de Justiça) e do FBI até eles voltarem a si”.
O FBI, que é parte do Departamento de Justiça, é a agência de inteligência e segurança interna dos EUA. O próprio Trump nomeou o atual diretor do FBI, Christopher Wray, depois de demitir o chefe anterior, James Comey, em 2017.
Trump apoiou aumentos de verbas para o Departamento de Justiça enquanto era presidente, entre 2017 e 2021. O orçamento da pasta aumentou 4% durante esse período, para 38,7 bilhões de dólares, mostraram dados da Casa Branca.
É improvável que a proposta recente de Trump seja acatada pelo Congresso. A medida seria uma virada brusca para os republicanos, que, no passado, apoiaram um orçamento robusto para as autoridades policiais federais e criticaram as propostas da esquerda nos últimos anos para reduzir verbas da polícia.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio a advogados durante audiência em uma Corte de Nova York, nos Estados Unidos, em 4 de abril de 2023. — Foto: Steven Hirsch via Pool/ AP
Trump foi acusado em NY, mas é investigado por órgãos federais
Trump fez esse pedido para corte de verbas das autoridades policiais federais, embora as acusações criminais contra ele tenham sido feitas não por elas, mas pelo promotor distrital de Manhattan.
O ex-presidente enfrenta duas investigações criminais do Departamento de Justiça lideradas pelo procurador especial Jack Smith, nomeado pelo procurador-geral dos EUA, Merrick Garland. Ambas parecem ter acelerado nos últimos meses.
1ª investigação é sobre eleições de 2020
Uma das investigações do procurador especial se concentra nas tentativas de Trump e de seus aliados de anular os resultados da eleição de 2020, que ele perdeu para o presidente democrata Joe Biden.
O ex-vice-presidente Mike Pence decidiu não recorrer da decisão judicial que exige que ele testemunhe para um grande júri na investigação sobre as conversas que teve com Trump antes do ataque dos apoiadores do ex-presidente republicano ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, disse o porta-voz de Pence na quarta-feira.
2ª investigação é sobre documentos que Trump levou sem autorização
A outra investigação de Smith se concentra em documentos confidenciais que Trump reteve depois de deixar o cargo.
O FBI se recusou a comentar as declarações de Trump na quarta-feira. O Departamento de Justiça não respondeu a um pedido de comentário.
A redução do financiamento para as autoridades policiais federais também não afetaria outro inquérito criminal envolvendo Trump, liderado por uma promotora local na Geórgia que investiga se o ex-presidente tentou ilegalmente reverter sua derrota nas eleições de 2020 naquele Estado.
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Por: G1
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