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Dez anos sem Chorão: guitarrista do Charlie Brown Jr. e advogado exaltam legado do vocalista: ‘mais vivo do que nunca’

today6 de março de 2023 55

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O guitarrista da banda Charlie Brown Jr. Marco Antônio Valentim Britto Júnior, também conhecido como Marcão Britto, considera que, apesar da morte do ex-vocalista Chorão há exatos 10 anos, o amigo está “mais vivo do que nunca”. Ao g1, nesta segunda-feira (6), o músico contou que, apesar da tristeza pela data, sente-se orgulhoso pelo trabalho realizado pela banda.

Marcão relatou que, quando a data de morte de Chorão se aproxima, os sentimentos são divididos. “Bate um vazio, é um dia meio difícil para mim e acaba sendo meio pesado. Nós tivemos uma convivência muito grande”. Apesar disso, memórias positivas também vêm à tona.

“Penso também como é bonito ver que tudo o que foi feito está aí até hoje e de uma forma muito viva. Acho também que ele [Chorão] está mais vivo do que nunca, porque a obra dele está viva”, comentou Marcão.



O guitarrista acrescentou estar satisfeito pelo fato do trabalho do grupo, que começou na década de 1990, ser descoberto e apreciado também por novas gerações. “Com certeza, ele [o Chorão] está muito feliz por isso. É o que todo artista, que teve a dedicação que ele teve, gostaria de ver. A [própria] obra realmente sendo levada adiante. É um legado“.

Maurício Cury é advogado e amigo de infância de Chorão — Foto: Arquivo Pessoal

Amigo do cantor desde os 17 anos, o advogado Maurício Cury contou ter conhecido Chorão quando ambos eram “moleques de rua” em Santos.“Eu tive esse privilégio, na minha vida pessoal e profissional, de acompanhar um artista tão genial como era o Chorão”.

“Para mim foi e é muito duro falar da nossa história. Antes de ser advogado dele, eu era amigo”, disse.

Maurício conta que acompanhava o cantor em diversas festas, premiações, shows e viagens. Por ter tanto contato com Chorão , Cury disse pode dizer com propriedade que, apesar de o vocalista ter mostrado o quanto era intenso e impulsivo ao público, nos relacionamentos pessoais agia de forma dócil e generosa. “Ele era um cara comum e profissionalmente mais explosivo, mas que brigava por aquilo que era dele”.

No entanto, por conhecê-lo há tanto tempo, Mauricio explica que, por existir um respeito mútuo, sempre tentava apaziguar o cantor nesses momentos de estresse. “Eu entendia um pouco o lado dele. Pela personalidade, o Chorão era um cara que captava muitos problemas externos”.

Chorão e o advogado Maurício Cury durante uma premiação do canal MTV. — Foto: Arquivo Pessoal

Mortes de Chorão e Champignon

Chorão morreu no dia 6 de março de 2013, na capital paulista, vítima de overdose de cocaína. O baixista, Luiz Carlos Leão Duarte Júnior, o Champignon, por sua vez, se suicidou no dia 9 de setembro daquele ano, também em São Paulo.

Marcão e o também guitarrista Thiago Castanho são os dois únicos membros-fundadores que estão no ‘retorno’ da banda após o fatídico ano. A volta, porém, não foi fácil para os músicos.

“Ficamos totalmente abalados, sem chão, a gente perdeu o rumo. Tanto é que as bandas encerraram as atividades. […] Imagina só você perder dois amigos em uma diferença de seis meses. A forma como tudo aconteceu foi muito complicado, a gente não supera, acaba achando um jeito de levar adiante”, desabafou Marcão.

“Para mim foi terrível. Foi a perda mais chocante que eu tive, até porque eu jantei com o Chorão na quinta-feira anterior à morte dele”, relata o advogado do cantor, Maurício Cury.

Ele lembra que, naquela madrugada, o telefone tocou por volta das 3h30 e que levou um “choque” ao ser informado da morte do amigo. Por outro lado, Cury afirma que se sente feliz e privilegiado de ter convivido com o amigo e, mesmo 10 anos após a morte dele, presenciar o legado dele ainda vivo. “Esse era o grande sonho do Chorão”, disse.

30 anos de Charlie Brown Jr.

As datas marcantes, porém, não se restringem às perdas dos amigos. A banda está em turnê, desde 2022, pela celebração dos 30 anos de existência. Ao g1, Marcão lembrou também que o grupo comemora os 25 anos do primeiro disco, o “Transpiração Contínua Prolongada”.

“É muito legal a gente poder estar junto novamente, celebrando todo esse legado que a gente construiu junto com o Chorão, Champignon e o [Renato] Pelado também. […] Foi um trabalho ferrenho. Por trás de tudo que o público costuma ver no show, tem um trabalho muito grande ali. Foi muita dedicação, a gente deixou tudo de lado para fazer acontecer”, finalizou Marcão.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Santos.

Por: G1

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