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Dez equipes da PM não relataram em BOs uso de câmeras em ações que resultaram em mortes na operação Escudo

today3 de agosto de 2023 16

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Levantamento do g1 feito com base em 11 boletins de ocorrências (BOs), das 16 mortes na Baixada Santista desde sexta-feira (28), mostra que apenas em um documento oficial consta a informação de que quatro policiais de uma equipe usavam o equipamento.

A Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) e os batalhões de Santos e Guarujá foram contemplados com câmeras corporais, segundo informações do governo.

O caso aconteceu às 7h40 do domingo (30), na Avenida Brasil, no Guarujá, e terminou com a morte de Rogério Andrade de Jesus, 50 anos (leia mais abaixo).



“Assim que o Poder Judiciário requisitar as imagens, tenho certeza de que elas estarão à disposição do Poder Judiciário e, eventualmente, do Ministério Público. Até porque isso pode fazer parte do processo-crime. Toda ocorrência que resulta em confronto, eventualmente em lesão corporal e morte em decorrência do enfrentamento, essas imagens podem ser utilizadas durante o processo. Basta o Ministério Público ou Poder Judiciário, que são partícipes desse processo, requisitarem as imagens”, diz o secretário.

Os boletins das outras dez mortes na Polícia Civil não apresentam no histórico se os PMs envolvidos nas ações com mortes de civis usavam ou não câmeras em seus uniformes.

Reis participava, com outros agentes do 1º Batalhão de Rota, que fica na capital paulista, de uma operação na Baixada Santista em resposta à morte de dois PMs aposentados.

O g1 procurou a Secretaria da Segurança Pública e aguarda posicionamento.

Detalhe da câmera que será usada por policia militares de São Paulo — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Os quatro PMs envolvidos na ação que terminou na morte de Rogério usavam câmeras em seus uniformes, informação que consta ao final dos depoimentos um concedidos ao delegado Otaviano Toshiaki Uwada.

De acordo com a versão apresentada pelos PMs na delegacia do Guarujá, quatro agentes faziam patrulhamento na região quando a população passou a apontar para um morro. Eles decidiram descer da viatura para verificar o que acontecia.

Os policiais relataram que as pessoas apontavam para uma casa, mas sem dizer quem morava nela. O local estava entreaberto, segundo os depoimentos dos policiais, e “pela porta já viu um indivíduo armado com uma pistola”.

A versão oficial indica que os PMs deram voz para a pessoa largar a arma, o que não aconteceu. O homem, identificado como Rogério de Andrade de Jesus, de 50 anos, teria apontado uma pistola 380 na direção da equipe.

“Ele [suspeito] não largou e apontou [a arma] para o declarante [como um dos PMs é chamado no histórico da ocorrência], razão pela qual efetuou um disparo com seu Fuzil 762”, diz o BO do caso.

Foi dado um único tiro na ocorrência, segundo os PMs. O relato aponta que foi chamado socorro do Samu, mas que o atendimento médico demorou 50 minutos para chegar “pois é área de comunidade”. O documento não detalha se Rogério morreu no local ou se foi socorrido a alguma unidade de saúde, onde teria sido constatada sua morte.

Um colete à prova de balas, a pistola 380 apontada como sendo de Rogério e um tijolo com 2,6 kg de maconha foram apreendidos. Participaram da ação Eduardo de Freitas Araújo, Augusto Vinícius Santos de Oliveira, Vitor Nigro Vendetti Pereira e José Pedro Ferraz Rodrigues Júnior.

Uso de câmeras e aumento nas mortes

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A Operação Escudo, na Baixada Santista, começou em 28 de julho e a previsão é a de que continue pelo menos até 28 de agosto.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Santos.

Por: G1

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