Ao g1, Bianca dos Santos Claro disse que sabia que era querida por essas pessoas, mas que não tinha dimensão do tamanho do amor. “Tenho percebido o quanto sou amada e cercada, principalmente, de mulheres fortes e com muito amor para me dar”, se emociona…
“Recebi uma linda homenagem que começou com a minha amiga e se espalhou para o grupo de outras amigas, foi aumentando, passou para minhas tias, mães dessas amigas, e a ideia do que era uma tatuagem para duas, virou para 18 pessoas. Não esperava de forma alguma, graças a Deus tenho muita certeza de quem eu me cerco e sei que estou cercada sempre dos melhores”, disse.
Professora é homenageada por amigas com laço da luta e prevenção contra o câncer — Foto: Arquivo pessoal
Para ela, a homenagem realizada em forma de tatuagem foi muito emocionante. “Deu um ânimo muito maior. Se eu já tinha certeza [que vou me curar], já estava com muita fé e esperança, elas foram renovadas, ainda mais vindo um dia após a primeira quimioterapia, então a energia e a fé foram renovadas quando vi tamanho apoio e certeza de que já deu tudo certo”, diz.
Bianca conta que percebeu o nódulo durante um exame de toque após sentir um desconforto. “Acordei com uma sensação [estranha], senti uma leve dorzinha, fui fazer o exame de toque e achei o nódulo. Foi assim que descobri. Sempre tive o hábito de fazer, principalmente, por conta do histórico familiar. Minha mãe teve aos 38 anos, então eu e minha irmã sempre tivemos o hábito de fazer”.
Bianca dos Santos Claro, de 31 anos, foi diagnosticada com câncer no final do ano passado em Guarujá, SP — Foto: Reprodução/Instagram
“Confesso que pela correria eu estava fazendo bem menos do que o costume, mas tinha feito exames em abril e isso [do nódulo] foi em julho, então não foram muitos meses de distância. O exame não tinha dado nada”, relembra.
Ela explica que, quando descobriu o nódulo, jamais pensou que pudesse ser câncer. “Mesmo tendo convivido e me falado por muitas vezes que era uma possibilidade muito real por causa do histórico familiar. Ao mesmo tempo que sempre falei que poderia acontecer e sempre tive isso muito claro, na hora que aconteceu não passou pela minha cabeça”, conta.
“Na hora do diagnóstico, questionei o médico sobre o que teria que fazer e fui para a ação. Mantive aa minha rotina normalmente e, dentro do possível, me mantive treinando, saindo porque eu senti que naquele momento tinha que aproveitar com a maior naturalidade o quanto desse e continuo fazendo isso”, diz.
A professora iniciou o tratamento no dia 12 de janeiro. “Não tive reações, me mantenho ativa, fiz a escolha de continuar trabalhando e tive um apoio absurdo de onde trabalho, me dando totais condições de continuar trabalhando enquanto eu quiser e puder”.
A recomendação, segundo Bianca, é buscar informação. “Hoje em dia, com as redes sociais, a gente se sente próxima de muitas pessoas que a gente nem conhece. Tenho buscado me espelhar em exemplos de mulheres que passaram pelo mesmo tipo de câncer que o meu. Câncer tem nome e sobrenome, tudo muda, tipo de tratamento, tempo de um para o outro. Tenho buscado me inspirar em mulheres que levaram o diagnóstico tão leve quanto eu”
Professora de matemática de 31 anos foi surpreendida por 18 pessoas que fizeram uma tatuagem em homenagem a ela, em Guarujá — Foto: Reprodução/Instagram
A também professora e tia de Bianca, Carla Andrea Teixeira dos Santos Nascimento, de 54 anos, disse que topou na hora que foi convidada pela amiga a participar da homenagem. “Éramos apenas em seis [pessoas] na quinta, só que foram surgindo pessoas no estúdio e, no fim, foram 18 mulheres tatuadas em apoio a Bianca demonstrando que a gente está apoiando e com esperança na cura”.
“Ela é uma menina muito guerreira, de muita fé, otimista, amada, querida por muitos, muito jovem. Perdi a mãe dela com um câncer de mama há mais de 20 anos, ela e a irmã ficaram comigo”, explica.
Segundo Carla, até então a sobrinha não queria divulgar a doença, mas que por ser jovem resolveu divulgar para ajudar outras mulheres. “Ela que está nos dando lição de otimismo, de fé, de perseverança. Não parou em momento nenhum as atividades dela”
“Ela acredita que vai ajudar outras pessoas. Ela operou por insistência, porque se fosse pelo diagnóstico dos exames, não precisaria tirar. Se ela não tivesse tido a insistência não saberia da doença. Descobriu pelo toque e foi tudo muito rápido”, conta.
A tia afirma que a sobrinha fez todos exames em abril e não deram nada, mas em julho sentiu o caroço, em setembro iniciou a investigação, operou em outubro por insistência e, em novembro, teve o diagnóstico. “Em momento nenhum você vê ela triste, sem esperança. Fez a primeira quimioterapia, passou bem e a gente está com fé que essa corrente, esse amor vai ajudar a Bianca levar esse tratamento e seguir a rotina dela”, finaliza.
Professora de 31 anos com diagnóstico de câncer de mama é surpreendida por 18 pessoas com tatuagens em homenagem a ela — Foto: Arquivo Pessoal
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