Entrega de corpos israelitas como parte das negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas Foto: EFE/Magda Gibelli
E o mundo se calou e louco ficou. A aviltante entrega de reféns a Israel outra vez marcou a monstruosidade do grupo terrorista Hamas. Com seu perfil colonialista jihadista expansionista, o grupo assassino apoiado por ricos aiatolás à distância, comprova a explícita denúncia de palestinos como Mosab Hassan Yousef (filho do Hamas). Com ódio, eles se insurgem contra o mundo.
Além de matar e sequestrar cidadãos de 23 países (África, Américas, Europa e Ásia), o grupo que, ilegitimamente, se apropriou de uma causa de gente sofrida, marcou seu desprezo profundo por judeus, palestinos, árabes muçulmanos, pretos africanos, tailandeses.
O beduíno árabe-israelense muçulmano com sérios problemas mentais foi devolvido a Sião. Seus algozes criminosos esmagaram a honra e a vida de Hisham al-Sayed. Hediondo. Vidas negras importam? Não a de Avera Mengistu, o preto etíope de Israel, humilhado no show macabro dos terroristas pra lá de racistas.
Com anos de atuação pelo bem de judeus e árabes, israelenses e palestinos, sinto-me dilacerado. O tempo gasto, os recursos levantados, a interação com gente do bem dos dois mundo, me trazem hoje choro, angústia e horror.
É aviltante ouvir o silêncio ensurdecedor de tantos que se diziam protetores dos mais frágeis, dos discriminados, das mulheres, das crianças e dos que sofrem. Infanticídios com requintes de crueldade, estupros celebrados, racismo declarado ao som de uma rede internacional que evoca a maldita “solução final” contra o povo judeu. Nem sei se creio mais em causa alguma, ou em organizações ditas humanitárias. Atordoante.
Como pudemos chegar a tal ponto? Como é possível não discernir? Como pode haver relutância diante da perversidade mais explícita e assumida? Estou em sintonia com o fim do Salmo 88: “As trevas são a minha única companhia”.
E o mundo se calou e louco ficou. Com angústia e dor ainda ouso orar ao SENHOR: Que a minha oração chegue diante de ti; inclina os teus ouvidos ao meu clamor (Sl 88:2). Que Ele não esconda de mim o seu rosto (Sl 88:14) e me faça ver a luz.
Luiz Sayão é professor em seminários no Brasil e nos Estados Unidos, escritor, linguista e mestre em Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaica pela Universidade de São Paulo (USP).
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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