A Defesa Civil de São Paulo emitiu um novo alerta aos moradores da faixa litorânea do estado e reforçou a orientação para que as pessoas evitem se aproximar das praias, entrar no mar e navegar. A passagem de um ciclone extratropical no Sul do país já mudou o tempo na região, com o aumento da força dos ventos e agitação da maré.
A previsão é que, na tarde e noite desta quinta-feira (13), os reflexos do fenômeno sejam ainda mais notados por conta do temporal, rajadas de vento de até 90 km/h e ressaca.
Em relação à temperatura, de acordo com dados do Instituto Climatempo, a previsão é que temperatura mínima para os próximos dias chegue a 12ºC com uma sensação térmica ainda menor devido à umidade. A máxima cai para 21º C na sexta-feira (14).
A Marinha do Brasil também emitiu um alerta para os devidos cuidados no mar. As ondas que devem passar de 4 metros junto com a ventania devem afastar moradores e turistas da costa. A previsão é de que o tempo na região sofra com as consequências do ciclone até sábado (15).
Até ontem a região Sul estava sobre alerta vermelho do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O litoral de SP será impactado pelos efeitos ainda nesta quinta-feira — Foto: Reprodução/Inmet
Os ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica que causam tempo adverso em grande escala, explica o meteorologista Bruno Bainy, do Centro de Pesquisas Meteorológicas da Unicamp. Segundo o meteorologista, são três os diferentes tipos de ciclones:
- Tropicais: também conhecidos como furacões ou tufões, eles se formam em regiões equatoriais, sobre os oceanos, e retiram sua energia do calor extraído dos mares;
- Extratropicais: se formam preferencialmente em latitudes médias, e são formados pelo contraste de temperaturas de diferentes massas de ar (quente e fria);
- Subtropicais: possuem características de ambos anteriores. Tipicamente, se formam quando um ciclone extratropical se desenvolve sobre o oceano, e encontra temperaturas na superfície do mar mais aquecidas.
O meteorologista da Climatempo, César Soares ressaltou que os ciclones são mais comuns do que imaginamos. Os extratropicais, por sua vez, são aqueles associados às frentes frias — regiões que demarcam o avanço de massas de ar.
“Então, toda vez que passa uma frente fria pelo Brasil, isso significa que a gente está sobre influência de um ciclone extratropical. Ele é extratropical porque ele se forma nos extratrópicos”, afirma.
Cronologia da passagem do ciclone
Ciclone extratropical — Foto: Reprodução/Regional and Mesoscale Meteorology Branch
Terça-feira (11): no litoral de SP, os primeiros alertas foram feitos para orientar a população sobre os reflexos da passagem do ciclone.
- Quarta-feira (12): os ventos se intensificaram durante a tarde e a noite atingindo até 110 km/h no leste do Rio Grande do Sul e na parte de serrana do estado. A noite o tempo começou a mudar nas cidades do litoral de SP e novos alertas foram feitos.
- Quinta-feira (13): a intensidade do ciclone se manteve no Rio Grande do Sul, mas começou a se deslocar, atingindo Santa Catarina, onde deve provocou ressaca na faixa litorânea. No litoral paulista, as rajadas de vento ficaram mais constantes, bem como o mar agitado.
- Sexta-feira (14): uma massa de ar frio começa a atuar no Sul, com previsão de geada em vários pontos e temperaturas próximas a zero nas serras gaúcha e catarinense. É esperado um ganho de força da atuação do fenômeno no litoral de SP.
- Sábado (15): os ventos passal pela costa do litoral de SP e chegam ao Rio de Janeiro com menor intensidade.
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