Policiais da Espanha vigiam área isolada ao redor da Embaixada dos EUA no país, que recebeu carta-bomba, em 1º de dezembro de 2022. — Foto: Juan Medina/ Reuters
Esta é a sexta carta-bomba detectada na cidade em 24 horas. Até agora, a polícia espanhola já detectou correspondências similares nos seguintes endereços:
- O gabinete do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez;
- O prédio do Ministério da Defesa do país;
- A base militar de Torrejón de Ardoz, a principal da Espanha;
- A Embaixada da Ucrânia em Madri;
- A Embaixada dos Estados Unidos em Madri;
- Uma fabricante de armas em Zaragoza, no oeste
Segundo a polícia espanhola, o conteúdo do pacote de todas as cartas-bomba é similar. O remetente ainda não foi encontrado, mas investigadores afirmam que as correspondências foram enviadas de dentro da Espanha.
Apenas na Embaixada da Ucrânia, a correspondência provocou uma explosão – um funcionário, que abriu o pacote, machucou os dedos mas passa bem, segundo o embaixador ucraniano. Em todos os outros endereços, o conteúdo foi detectado antes de que fosse aberto.
O Ministério do Interior do país ordenou que policiais e o esquadrão antibombas reforcem a segurança em todos os prédios públicos e sedes diplomáticas de Madri nesta quinta-feira.
A Espanha, ao lado de países da União Europeia, apoia o governo da Ucrânia na guerra no país contra a Rússia e envia constantemente armamentos ao Exército ucraniano.
O único endereço para onde explosivos foram enviados e que não pertencem ao governo espanhol é justamente uma fabricante de armas, o que levantou a suspeita de que o remetente pode ter alguma ligação com grupos de apoio à investida da Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano.
Em setembro, em um pronunciamento após atacar Kiev, o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou a União Europeia caso os países do bloco continuassem a enviar armamento para a Ucrânia.
Publicar comentários (0)