De acordo com a moradora Virginia de Sousa Plaza, de 35 anos, o local vem sofrendo constantes invasões e sendo depredado desde o mês de março. No último sábado (19), ela registrou uma pessoa deixando o local com um carrinho de compras cheio de materiais (veja o vídeo acima).
Além disso, ela conta que outros vizinhos e moradores do entorno chegaram a flagrar a mesma ação em diversos períodos do dia. “É uma coisa recorrente, eles vêm aqui 24 horas”, diz.
Ela também revelou que, nos primeiros meses em que o imóvel foi desocupado, a escola teve as fiações, janelas e portões furtados. “A gente avisava [a prefeitura], eles levaram um pedaço [do portão], levaram outro pedaço, até que saíram com o portão nas costas”, conta.
Após os portões serem furtados, Prefeitura de Santos bloqueou as entradas do local com tapumes de madeira — Foto: Arquivo pessoal
Segundo ela, os moradores da região solicitaram com que as entradas do local fossem tapadas com alvenaria após o furto dos portões, evitando novas invasões. Logo depois, a prefeitura bloqueou as entradas do local com tapumes de madeira.
“Essa escola deve ter umas 4 ou 5 entradas. Eles tiram os tapumes [que foram colocados] na mão. Se soldam os portões, eles chutam e abrem de novo. A gente mora na frente, é a madrugada inteira fazendo barulho, não tem horário, é o dia inteiro”, conta.
Ela diz que, em grande parte das vezes, a vizinhança denuncia a situação à Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal (GCM), mas que os infratores conseguem evadir o local antes das equipes chegarem. “É um trabalho que não termina, a menos que a Polícia fique 24 horas aqui, o que também não faz sentido”.
Em nota, a Prefeitura de Santos disse que a GCM foi até o local no último sábado (19), porém, quando a equipe chegou ao endereço não havia ninguém no edifício. Não foi constatado furto na ocasião.
A administração ainda reiterou que a equipe realiza o monitoramento do equipamento municipal por meio de rondas diuturnas, e que disponibiliza total apoio às forças de segurança no combate a assaltos, atos de vandalismo, furtos de fiação e outros delitos.
Desde o início do ano, o efetivo municipal deteve 13 suspeitos no prédio, sendo a maioria por tentativa de furto de fiação de cobre. Todos foram devidamente encaminhados às autoridades policiais.
Uma das entradas do prédio chegou a ficar completamente aberta após os portões serem furtados — Foto: Arquivo pessoal
A Escola Estadual Cleóbulo Amazonas Duarte, localizada na rua Rua Guedes Coelho, foi desativada em 2018, quando dividia espaço com a Diretoria Regional de Ensino (DRE), órgão ligado à Secretaria Estadual da Educação.
Em janeiro de 2023, o espaço foi cedido pelo Governo do Estado à Prefeitura de Santos, após tratativas para que a DRE ocupasse um novo prédio no Centro da cidade. Logo em seguida, a administração anunciou que edifício seria utilizado como nova sede da Unidade Municipal de Ensino (UME) Dino Bueno.
O local, entretanto, precisaria passar por obras de adequação à legislação vigente para comportar a unidade, como de acessibilidade, sistema de combate a incêndio, para-raios, sistemas de informatização e climatização.
De acordo com a Prefeitura, as obras serão iniciadas no final de setembro e início de outubro pela Construtora Credbens Ltda, com investimento municipal de aproximadamente R$ 5,7 milhões. Além das obras de adequação, a nova UME Dino Bueno, que vai atender os alunos em período integral, também terá câmeras interligadas ao Centro de Controle Operacional (CCO).
VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos
Publicar comentários (0)