O grupo terrorista Estado Islâmico, derrotado no Iraque e na Síria, anunciou nesta quarta-feira (30) a morte de seu líder, o iraquiano Abu Hassan al-Hashimi al-Qurashi, explicando que ele foi morto “enquanto lutava contra os inimigos de Deus”.
Em uma mensagem de áudio, o porta-voz do grupo jihadista anunciou que um novo “califa dos muçulmanos”, Abu al-Hussein al-Husseini al-Qurashi, havia sido nomeado.
O porta-voz pediu aos membros do Estado Islâmico em todo o mundo que jurem lealdade ao novo líder, acrescentando que “ele é um dos filhos leais do Estado (islâmico)”.
“Isso não significa que o grupo acabou, mas por enquanto ele é uma sombra de seu antigo eu, eles estão esvaziados em termos de liderança e capacidade de realizar ataques”, disse Hassan Hassan, autor de um livro sobre o Estado Islâmico.
A Casa Branca recebeu bem a notícia, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby. “Ainda estamos analisando tudo isso”, disse Kirby quando perguntado sobre os relatos da morte.
A mensagem de áudio não especificou a causa de morte do líder ou se ela teria sido causada por algum ataque contra o Estado Islâmico.
O nome Al-Qurashi refere-se à tribo do profeta Maomé, de quem o autoproclamado “califa” deve ser descendente.
No auge do poder, o Estado Islâmico chegou a controlar um território de mais de 40.000 quilômetros quadrados na Síria e no Iraque, composto por vilarejos e pequenas cidades e com uma população total de 8 milhões de pessoas, segundo um levantamento da agência de notícias Associated Press.
No entanto, diante da perda de território, o grupo começou a reorganizar sua estrutura interna, na tentativa de se fortalecer, e começou a ressurgir na Síria no início do ano. Com a nova tática, os Estados Unidos passaram a investir em ataques específicos contra as lideranças do grupo.
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Por: G1
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