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A tia de Murilo, Priscila Pavin, afirma que a família tomou a decisão após conversar com um amigo do jovem.
“Um amigo do Murilo que estava em missão com ele e está hospitalizado porque foi gravemente ferido nessa missão, e apenas ontem conseguiu entrar em contato com a gente para expressar que o desejo do Murilo era ser enterrado na Ucrânia”, afirma Priscila.
Murilo tinha 26 anos, era natural de Castro, nos Campos Gerais, e em novembro de 2022 embarcou para lutar voluntariamente na guerra. Em conversas com a mãe, o jovem relatava que não queria mais voltar a morar no Brasil e que tinha escolhido a Ucrânia como país para viver.
Na sexta-feira (5) a família foi informada que ele morreu em combate na cidade de Zaporizhzhia. Saiba mais abaixo.
Desde então, a família estava tentando contato com o Itamaraty, como é conhecido o Ministério de Relações Exteriores, para tentar trazer o corpo do jovem de volta para o Brasil.
“A gente tinha tentado de todas as maneiras, queria tentar trazer o corpo, mas é porque a gente não tinha tido contato ainda com esse amigo, que só conseguiu falar ontem com a gente. Então vamos respeitar a vontade do Murilo: ele vai ser enterrado lá, onde tem um cemitério de brasileiros, como esse amigo dele falou para a gente”, afirma a tia do paranaense.
Priscila conta que nesta quinta-feira (11) uma missa em homenagem ao paranaense será realizada na Igreja Matriz de Castro e para sexta-feira (12) está agendada uma cerimônia na própria Ucrânia.
” Amigos vão tentar nos mandar alguns pertences pessoais dele e a gente vai acabar aceitando o último desejo do Murilo”, diz.
Paranaense morre na guerra da Ucrânia após quase dois anos lutando como voluntário
Em entrevista ao g1, a mãe de Murilo, Rosângela Pavin Santos, contou que o jovem se alistou voluntariamente e chegou ao país do leste europeu no dia 3 de novembro de 2022, motivado pelo desejo de lutar ao lado das forças ucranianas contra a invasão russa, que dura mais de dois anos.
“Ele falava: ‘É muito covarde o que fizeram com a Ucrânia e eu quero defender’. E aquilo ficou na cabeça, no coração dele. Era o ideal que ele tinha”, disse a mãe.
Rosângela afirma que sempre foi contra a decisão do filho, mas não conseguiu impedir a ida dele para lá, já que, segundo ela, refletia a essência de Murilo. A morte do jovem foi confirmada na manhã da última sexta-feira (5).
No Brasil, o jovem serviu o Exército no município de Castro por cerca de um ano e meio e saiu apenas porque a instituição deu baixa após ter prestado o tempo de serviço militar. A mãe lembra que ele tinha o sonho de seguir na carreira militar.
“Desde que ele saiu, ele nunca se desligou completamente. Ele fazia cursos online, aprendeu a língua, ele falava várias línguas. Ele fez o itinerário, comprou as passagens, foi sozinho, organizou tudo”, relatou.
De acordo com a família, Murilo desembarcou em Cracóvia, na Polônia, e pegou um ônibus até a divisa com a Ucrânia. Depois, ficou cerca de um mês na cidade ucraniana Ternopil.
Rosângela Pavin Santos e Priscila Pavin Santos, mãe e tia de Murilo — Foto: Reprodução
Segundo Rosângela, Murilo era um homem reservado, de poucas palavras. O contato com ele era através de aplicativo de mensagens, que aos poucos foi ficando cada vez mais escasso.
“Quando ele foi, mais no início, ele ligava até chamada de vídeo. Mas ultimamente estava bem mais complicado, era só mensagem sem áudio. Fazia uns dois meses e pouco que eu não ouvia a voz dele”, contou.
Priscila Pavin, tia de Murilo, relembra que o sobrinho era inteligente e buscava ser autodidata. Além disso, gostava muito de ajudar as pessoas e era apaixonado por animais. Ela relembra que o sobrinho resgatava os gatos que encontrava durante o trabalho.
“Muitas pessoas saíam das casas e deixavam os bichinhos, né? Ele sempre cuidava”, disse.
Rosângela comentou ainda que Murilo não foi para a Ucrânia por conta do dinheiro e que, inclusive, investia o que ganhava em equipamentos melhores, como capacete, por exemplo, mesmo recebendo tudo do governo ucraniano.
Murilo Lopes Santos, de 26 anos, morreu em combate na Ucrânia — Foto: Arquivo pessoal
Rosângela teve o último contato com o filho na terça-feira (2), antes de ele ir para uma nova missão.
A notícia da morte chegou por meio de um colega de combate de Murilo, que mandou mensagem para o pai dele nas redes sociais na sexta, por volta das 11 horas.
“Ele falou que eles estavam sendo invadidos lá, que estavam sem luz. Disse que está bem complicado lá e que ia perder o contato […] Ele disse que não poderia me dar muita esperança”, relatou.
Ninguém da Ucrânia ou de embaixadas fez contato com a família, segundo Rosângela.
A família tem apenas um contato de outro brasileiro que também está lutando no conflito. Esse homem é natural do Rio Grande do Sul, segundo eles.
A angústia agora é tentar trazer o corpo do filho para o Brasil. A família diz não saber como e com quem falar.
“O que está sendo bem difícil é essa espera, porque a gente não sabe quanto tempo vai levar, quantos dias… Então, a gente fica de mãos atadas, sem poder fazer nada. Tô me sentindo muito impotente, a gente está bem perdido”, lamenta a mãe.
Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros, mas que está a disposição para prestar assistência consular aos familiares do brasileiro por meio da Embaixada do Brasil em Kiev.
Por: G1
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