O pai de José Jackson de Alencar, de 25 anos, que desapareceu após ser atingido por uma cabeça d’água [aumento repentino do nível de um rio devido às chuvas] ao retornar de uma trilha em Itanhaém, no litoral de São Paulo, disse que segue sem respostas do filho após seis meses. O rapaz desapareceu em 4 de dezembro do ano passado. “Só Deus mesmo na causa”.
Além dele, Marli Valadão, de 32 anos, também está desaparecida. O casal acompanhava outras seis pessoas que conseguiram atravessar uma ponte sobre um rio antes de o fenômeno atingir a dupla. As buscas por eles foram suspensas por tempo indeterminado em 20 de dezembro.
Ao g1, nesta quinta-feira (22), José Sivaldo Alencar, de 55 anos, disse que a família tenta seguir a vida, mas que é uma situação difícil. “Não tem novidade e o advogado falou que provavelmente ele foi levado pela água”.
Segundo Alencar, o celular e objetos pessoais do filho também não foram localizados até o momento. “Só Deus mesmo na causa. Os rapazes [que estavam junto] deram depoimento e não teve contradição nenhuma”.
Ele contou que ainda aguarda informações sobre o filho. “O ruim é não encontrar nada, vestígio de nada, [isso] deixa a gente meio maluco da cabeça“.
“Deus está do nosso lado para dar força. A gente tentar entender um pouco, pois estava no lugar que ele gostava e só pede força para Deus”, disse Alencar.
O g1 também entrou em contato com a irmã de Marli, que descreveu a situação como ‘um ciclo que não se fecha’ e disse que o silêncio das autoridades é angustiante, mas preferiu não dar entrevista sobre o desaparecimento.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue empenhado para esclarecer o caso e localizar as vítimas, e que testemunhas foram ouvidas e outras diligências são realizadas.
O g1 entrou em contato com a Polícia Militar e com o Corpo de Bombeiros, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Oito pessoas passavam por uma ponte desativada sobre um rio quando o fenômeno cabeça d’água [aumento repentino do nível do Rio Itanhaém devido as chuvas] aconteceu e ocasionou o acidente. As imagens acima mostram o resgate das vítimas e a busca pela dupla levada pela correnteza.
De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros, André Elias, as oito pessoas começaram a trilha em 4 de dezembro do ano passado, sentido a cachoeira da usina, na Zona Sul de São Paulo. O grupo pernoitou no local e retornou no dia seguinte.
Bombeiros buscaram casal que desapareceu após ser atingido por cabeça d’água em trilha em Itanhaém — Foto: Divulgação/Corpo de bombeiros
Durante o trajeto de volta, por volta das 15h, eles passaram por uma ponte desativada sobre o Rio Itanhaém, quando começou a chover.
“As pessoas foram surpreendidas por uma cabeça d’água, ou seja, aumento repentino no volume do rio. Duas dessas pessoas, um homem e uma mulher, foram levados pela correnteza”, disse Elias.
O capitão afirmou que os bombeiros foram acionados por volta das 17h. Seis das oito pessoas que faziam parte do grupo foram resgatadas durante a madrugada, e as duas vítimas levadas pelo rio são consideradas desaparecidas. Os profissionais realizam buscas para localizar o casal.
Bombeiros buscam casal que desapareceu após ser atingido por cabeça d’água em trilha em Itanhaém — Foto: Reprodução/Corpo de Bombeiros
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