Imagens obtidas pela equipe de reportagem mostram o veículo sendo consumido pelas chamas (assista acima). Pereira afirmou que o ônibus escritório era itinerante e ficava um período em cada bairro da cidade para atender a população.
O investigado compareceu à Delegacia de Polícia de Bertioga com um advogado, na tarde de terça-feira (18), e confessou a autoria. Ao se entregar, alegou sofrer transtornos psicológicos.
De acordo com a Polícia Civil, agentes da unidade policial chegaram até o rapaz depois de analisar sistemas de monitoramento da Rua Professor Geraldo Rodrigues Montemor, esquina com a Avenida Deputado Emílio Justo, onde o ônibus foi incendiado.
A investigação descobriu que um carro preto, adesivado com o logotipo de uma empresa de Guarujá (SP), estaria envolvido no crime. Com a informação, os policiais foram até o estabelecimento e encontraram o dono, que alegou que o investigado, filho dele, estava usando o carro naquele dia.
O veículo foi apreendido e submetido a exame pericial. Como se apresentou espontaneamente, o rapaz não ficou preso. A Polícia Civil segue investigando o incêndio criminoso.
Ônibus usado como escritório pelo vereador Eduardo Pereira (PSD) foi incendiado, no bairro Boraceia, em Bertioga (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
O ônibus de Eduardo Pereira foi incendiado em uma manifestação. O protesto onde o veículo foi queimado já estava marcado para quinta-feira com o objetivo de cobrar melhorias para a região. A comunidade local reclamava de roubos e furtos. Além disso, reivindicava melhorias na sinalização da travessia de pedestres e soluções às enchentes.
O parlamentar confirmou ser dono do coletivo, que foi alvo de vandalismo. Ninguém ficou ferido. Segundo ele, o ônibus estava desde fevereiro no bairro Boraceia.
O parlamentar disse, ainda, não saber o motivo de terem incendiado o veículo, mas que levantaria imagens de câmeras de monitoramento para identificar quem teria ateado fogo no coletivo. “Graças a Deus ninguém se machucou”.
Vereador evangélico abandonou plenário após se recusar a ler projeto de lei LGBTQIA+ em Bertioga (SP) — Foto: Reprodução
O vereador evangélico se recusou a ler a apresentação de um projeto de lei voltado ao público LGBTQIA+ durante a sessão ordinária na Câmara de Bertioga. Pereira abandonou o plenário enquanto perguntava aos outros parlamentares se o estavam ‘zoando’.
A situação aconteceu durante a sessão do dia 21 de maio, após o presidente da Casa indicar que o parlamentar faria a leitura do projeto de autoria da vereadora Renata da Silva Barreiro (PSDB). Confira abaixo a reação do parlamentar:
- “Ah não Renata, vou sair fora”
- “Tá louco? Não faz isso comigo. […] dar um projeto LGBT para mim?”
- “Não, toma, pega aí”, disse ao entregar o documento e se retirar.
O projeto de lei 035/2023 prevê a criação do programa ‘Respeito tem Nome’, que visa garantir o atendimento digno e facilitado a pessoas trans e travestis na obtenção de documentos necessários para a alteração do prenome [primeiro nome] e gênero em registros.
Após a aprovação do projeto em 1ª discussão, a vereadora Renata pediu para se manifestar sobre o ocorrido e afirmou que o projeto se resume ao respeito.
“Não estou falando de homem, de mulher, de via**, do que quer que seja. Estou falando de respeito, falo de cidadania, de ser humano e de humanização. A minha religião é Deus e ela me permite que eu aceite qualquer tipo de pessoa”, disse ela.
Procurado pelo g1, o vereador afirmou que, como cristão, percebeu que o projeto foi passado para que ele fizesse a leitura por este motivo. “Não hostilizei ninguém, nem fiz críticas ou alguma consideração”.
Segundo Eduardo, está ocorrendo uma polêmica ‘sem necessidade’ em relação ao assunto. Ele negou ter tirado sarro ou dado risada da situação, mas ressaltou: “Assim como respeito a todos, também mereço respeito na minha posição de não ter feito a leitura. Deus ama a todos e eu também”.
Vereador Eduardo Pereira — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Eduardo é evangélico, engenheiro civil e bacharel em direito. O vereador iniciou a carreira política na campanha plebiscitária da emancipação de Bertioga.
Ele foi assessor parlamentar da Câmara Municipal da cidade, onde atuou por 10 anos. Em 2004, foi eleito para seu primeiro mandato com 1278 votos. Em 2008, foi eleito vice-prefeito de Bertioga com 12.226 votos. De 2009 a 2010 assumiu a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos.
Desde então, foi assessor técnico na Secretaria de Estado do Emprego e Relações do Trabalho. Ele assumiu a Diretoria Regional do Trabalho e Renda da Baixada Santista, mas se afastou para concorrer às eleições de 2016, quando foi eleito para o segundo mandato parlamentar com 1.049 votos. Em 2020 foi reeleito com 1.223 votos.
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