O acidente aconteceu na noite de sábado (16), entre a Avenida São Paulo e a rotatória da Praça da Paz com a Avenida Brasil, no bairro Boqueirão. Nas imagens, de uma câmera de monitoramento, é possível ver José aguardando a passagem de alguns carros na faixa de pedestre, antes de atravessar a via. Quando ele resolve seguir adiante, o idoso é atingido pelo ônibus que vinha da rotatória.
Aos policiais, o motorista do ônibus contou que viu um homem parado na praça enquanto passava na rotatória, mas desviou o olhar para o lado direito com objetivo de ver se algum veículo se aproximava. Ele disse que logo em seguida olhou novamente para a frente, mas a vítima já estava cruzando a avenida e não foi possível evitar o acidente.
José Augusto Lopes tinha 70 anos e morava próximo do local do acidente em Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal e Reprodução
José foi socorrido e encaminhado ao Hospital Irmã Dulce, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no mesmo dia. Segundo o boletim de ocorrência, ele não estava com documento de identidade e nenhum parente foi localizado, mas teve o nome verificado por meio do celular.
Ao g1, a nora da vítima, Aline Oliveira de Carvalho, de 43 anos, conversou com o g1. Ela contou que o sogro era uma pessoa muito ativa e, além de andar de bicicleta com frequência, passava pela praça constantemente, pois morava próximo do local. “Quase todos os dias ele fazia esse trajeto [do acidente] para ir comprar doce na praça”, explicou.
De acordo com ela, José era muito conhecido na região e costumava parar para conversar com as pessoas. Por isso, a esposa e os filhos não estranharam o fato dele demorar na rua. Ainda segundo Aline, a família não recebeu nenhuma ligação para falar do acidente e, por isso, só soube do ocorrido no dia seguinte, quando saiu para procurar José.
José Augusto Lopes, de 70 anos, foi atingido enquanto atravessava uma avenida em Praia Grande, SP — Foto: Reprodução
“É surreal ninguém falar nada, ninguém avisar e a gente sair para procurar uma pessoa desaparecida, mas encontrar um atestado de óbito em um hospital”, lamentou.
A neuroterapeuta também ressaltou que o ônibus estava em alta velocidade e disse que os familiares se surpreenderam com o relato de que José atravessou fora da faixa de pedestre. Segundo o boletim de ocorrência, a equipe policial que atendeu o acidente foi informada de que a vítima estava fora da faixa de pedestre.
“Meu marido fez esse trajeto com ele [José] muitas vezes e ele nunca atravessou fora da faixa. Foi quando a gente conseguiu a imagem e viu que ele estava exatamente na faixa”, disse.
Ela diz que a família está desolada com o que aconteceu com José. “Era um momento que ele estava com uma saúde excelente. Facilmente viveria pelo menos mais uns 10 ou 15 anos e uma coisa assim acontece”, lamentou
O caso foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande.
Procurada pelo g1, a BR Mobilidade, responsável pelo ônibus, confirmou e lamentou o acidente. “A apuração dos fatos está sendo realizada, por meio de sindicância interna, para que assim as providências cabíveis sejam adotadas”, disse a empresa, em nota.
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