Um programa de inteligência artificial e scanners, que identificam ondas de calor, ajudaram as equipes da Receita Federal no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, a localizarem um corpo dentro de um contêiner vazio. O corpo em decomposição foi colocado no navio no Porto de Tanger, no Marrocos, no dia 1º de setembro.
De acordo com a Receita Federal, todos os contêineres dão entrada no país precisam passar pelo scanner, já que é uma obrigação imposta aos recintos alfandegados. O Porto de Santos conta, ao todo, com 17 scanners que fazem esse trabalho.
“É uma regra de segurança e agilidade para o porto. A gente não precisa ir lá e abrir, fazer uma verificação por amostragem. Com isso, a gente evita a entrada de resíduos, já tivemos várias apreensões, mercadorias não manifestadas”, explicou o auditor-fiscal Richard Fernando Amoedo Neubarth, o delegado da Alfândega da Receita Federal no Porto de Santos, em entrevista ao repórter Diego Bertozzi, da TV Tribuna.
Inteligência artificial e ondas de calor ajudaram fiscais a encontrarem corpo dentro de contêiner vazio — Foto: Reprodução
O contêiner com o corpo em decomposição foi colocado no navio no Porto de Tanger, no Marrocos, no dia 1º de setembro. O navio fez escala em Salvador (BA) antes de chegar ao Porto de Santos, no último domingo (10). O contêiner só passou pela conferência na manhã de quinta-feira (14).
Segundo Neubarth, a Receita Federal utiliza um programa para verificar se os contêineres declarados vazios realmente não possuem nada dentro, como neste caso.
“Um contêiner vazio, ele tem que estar vazio. A gente usa até um programinha de inteligência artificial para dizer se o contêiner que está declarado como vazio está vazio mesmo porque é uma coisa que a máquina mesmo pode objetivamente falar. E, a gente encontra resíduos, encontra carga e encontrou essa com a silhueta do corpo humano”, explicou Neubarth.
Richard Fernando Amoedo Neubarth, o delegado da Alfândega da Receita Federal no Porto de Santos, — Foto: Reprodução/TV Tribuna
Após a suspeita, uma primeira checagem foi feita à distância, com a ajuda do terminal portuário. “Podia ser manequim, podia um boneco, alguém vivo ainda. Então, para agilizar a abertura, a gente fez a conferência de forma remota. A gente nem mandou a equipe a campo, a gente ficou remotamente analisando, verificando essa abertura. O mais rápido o possível, o terminal posicionou, abriu e encontrou o corpo”
Um vídeo, obtido pelo g1, mostra o momento em que o corpo aparece na tela do computador, que fica na central de fiscalização. Depois de mostrar a silhueta, minutos depois, o scanner sinaliza uma onda de calor dentro do contêiner (veja acima).
Os scanners da Receita Federal são realizados para a conferência de cargas nos terminais do complexo portuário santista desde 2011. Essa é a primeira vez que um corpo é encontrado durante a fiscalização. “É um caso novo, de encontrar um corpo em um contêiner vazio”.
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso, mas não divulgou para onde o corpo foi levado.
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Por: G1
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