O Irã colocou quatro prisioneiros iraniano-americanos em prisão domiciliar. A medida ocorre meses após Teerã sugerir uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos. A informação foi dita por Jared Genser, um dos advogados dos prisioneiros, à Reuters.
- Namazi, que foi detido em 2015 e posteriormente condenado a 10 anos de prisão acusado de espionagem;
- Shargi, um capitalista de risco condenado a 10 anos de prisão;
- Tahbaz, um britânico-americano de ascendência iraniana que foi preso em 2018 e que também recebeu uma sentença de 10 anos.
- O nome do quarto prisioneiro não foi divulgado.
Para formalizar o acordo, era fundamental que o governo de Joe Biden descongelasse US$ 6 bilhões da receita do petróleo do Irã, mantida na Coreia do Sul, segundo informações do New York Times.
O valor descongelado foram colocados em fundos de uma conta no Banco Central do Catar.
O dinheiro será controlado pelo governo do Catar para que o Irã possa ter acesso ao dinheiro apenas para pagar fornecedores em compras consideradas humanitárias, como as de remédios e de alimentos.
“A transferência dos reféns americanos da prisão de Evin para a esperada prisão domiciliar é um fato importante”, disse Genser em um comunicado. “Mas simplesmente não há garantias sobre o que acontecerá a partir daqui.”
Em fevereiro, a NBC News informou que Washington e Teerã mantinham negociações indiretas para uma troca de prisioneiros e para a transferência de bilhões de dólares dos fundos iranianos em bancos sul-coreanos que estão bloqueados por causa de sanções dos EUA. Se transferidos, esses fundos só poderiam ser gastos para fins humanitários.
Vale destacar que os americanos-iranianos, cuja cidadania americana não é reconhecida por Teerã, costumam ser peões entre as duas nações — que discordam sobre diversos aspectos, como a expansão do programa nuclear iraniano.
O Irã e os EUA têm um histórico de trocas de prisioneiros que remonta à tomada da embaixada dos EUA em 1979 e à crise de reféns após a Revolução Islâmica.
A mais recente grande troca entre os dois países aconteceu em 2016, quando o Irã fez um acordo com as potências mundiais para restringir seu programa nuclear em troca de um alívio nas sanções.
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Por: G1
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