Um jovem de 21 anos fugiu de uma clínica de reabilitação e está desaparecido há mais de dois meses. Kaio Wesley dos Santos é de Itanhaém, no litoral de São Paulo, e estava internado na capital paulista. Segundo informações obtidas pelo g1, nesta quinta-feira (12), ele começou a usar lança-perfume na adolescência, mesma época que passou a ser agressivo com a mãe e, por este motivo, foi levado pela família para uma casa de reabilitação para usuários de drogas.
Kaio foi encaminhado a uma clínica no bairro Grajaú, em São Paulo, em novembro de 2021. A família foi informada por funcionários do local que o jovem havia escapado em 10 de novembro de 2022, disse a mãe, Patrícia Aparecida dos Santos, em depoimento à polícia.
Ao g1, a cunhada do desaparecido, Karen Letícia Calazans, explicou esta foi a segunda internação do jovem. Na primeira vez, em outra clínica, ele teria cumprido as datas estabelecidas e recebeu alta ‘tranquilamente’. Ela contou, porém, que ele teve uma recaída e voltou a ser internado, agora na casa de reabilitação Mãos do Bem.
“A mãe dele chora desesperadamente todos os dias. Fez dois meses [do desaparecimento] e a minha sogra só chora. Ela ora por ele todos os dias e só quer o filho de volta em casa. O pai dele já foi várias vezes pela região procurar por ele, porém sem sucesso”, desabafou Karen.
Ao g1, um dos representantes da clínica informou que a unidade realiza trabalho voluntário e, sendo assim, não pode manter ninguém preso. “Eu não trabalho com clínica fechada. Você tira o direito de ir e vir da pessoa. A casa tem portão aberto, por isso ele foi embora”, esclareceu.
O representante pontuou que o Kaio assinou um termo concordando com a internação voluntária o que, segundo ele, dá ao usuário o direito de pedir alta quando quiser.
“Depois de uma ligação da mãe, que sempre prometia vinha vir visita-lo e nunca vinha, ele decidiu abandonar o tratamento e ir ao encontro dela. Somente o pai que era separado da mãe vinha visita-lo”, afirmou.
Ao g1, Karen explicou que a Patrícia fica de ‘mãos atadas’, pois ela não tem condições financeiras para ir até a capital. “Ela [a mãe de Kaio] é cuidadora de idoso, trabalha de segunda a segunda, não tem condições de deixar o ‘senhorzinho’ sozinho. Ela não tem condições de ir até São Paulo, ela não tem condução. O pai [de Kaio] tem condição de ir até São Paulo, ele tem carro e fica mais viável”.
A cunhada de Kaio ressaltou que desde que o BO foi registrado, em 11 de novembro de 2022, a família não teve retorno sobre a investigação. “Ninguém nos contatou para dizer se foi ou não até a clínica ou se fizeram perguntas a eles [aos funcionários]. Não temos notícias de nada”.
A reportagem questionou a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SPP) sobre as investigações do desaparecimento de Kaio, porém, até a última atualização desta matéria não havia recebido respostas sobre o caso.
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Por: G1
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