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Justiça de Israel obriga estudantes ultraordoxos a se alistarem para a guerra, em guinada contra governo Netanyahu

today25 de junho de 2024 7

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Em uma derrota para o governo de Benjamin Netanyahu, a Suprema Corte de Israel decidiu nesta terça-feira (25) que jovens ultraortodoxos, até agora isentos de servir ao Exército, devem ser obrigados a se alistar.

É a primeira vez, desde a criação do Estado de Israel, que estudantes religiosos serão obrigados a pegar em armas.

A proposta de obrigar essa parcela da população israelense a se alistar vinha correndo na Justiça havia meses, desde o início da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.



“Na ausência de uma regulamentação adequada, o Executivo não tem poder para ordenar a não aplicação da Lei do Serviço Militar aos estudantes das escolas talmúdicas”, decidiu o tribunal, acrescentando que “o Estado deve agir para aplicar a lei”.

A decisão é anunciada após o Parlamento israelense relançar, em 11 de junho, um projeto de lei para o alistamento progressivo dos ultraortodoxos nas Forças Armadas.

O serviço militar é obrigatório em Israel para homens e mulheres, mas os judeus ultraortodoxos podem evitá-lo para se dedicarem ao estudo dos textos sagrados, uma isenção estabelecida por David Ben Gurion, fundador do Estado de Israel, em 1948.

Alguns detratores consideram que o texto debatido no Parlamento, apoiado pelo primeiro-ministro mas criticado pelo ministro da Defesa Yoav Gallant, está longe de responder às necessidades do Exército israelense, em guerra com o movimento palestino Hamas em Gaza há mais de oito meses e com outra frente na fronteira com o Líbano.

“Na situação atual, o descumprimento da Lei do Serviço Militar cria uma grande discriminação entre os que são obrigados a cumpri-lo e aqueles para os quais não há medidas de mobilização”, argumentou o tribunal.

“Neste momento, durante uma guerra difícil, a desigualdade de obrigações está mais acentuada do que nunca e exige a aplicação de uma solução duradoura”, afirmou o tribunal.

O líder do partido ultraortodoxo Judaísmo Unido da Torá, Yitzhak Goldknopf, criticou a “decisão esperada, muito infeliz e decepcionante”.




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Por: G1

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