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“O general Abdel Fattah al-Burhan e o general Mohamed Hamdan Dagalo concordaram em princípio com uma trégua de sete dias, de 4 a 11 de maio”, anunciou o ministério em comunicado.
Desde que as forças militares e representantes civis assinaram em dezembro um acordo de transição, estão em andamento negociações para integrar as FAR ao exército sudanês. Analistas acreditam que Hemedti, cujo grupo paramilitar é estimado em 100 mil homens, não seria a favor da reestruturação.
Em fevereiro, num discurso que chamou o golpe de “erro”, Hemedti descreveu a ação como a “porta de entrada para o antigo regime”.
Uma semana antes do discurso, Burhan disse que não toleraria as FAR operando de forma independente, enfatizando a importância da fusão do grupo paramilitar com o exército. Em resposta, Hemedti disse que “representantes do antigo regime” queriam “provocar uma cisão” entre as FAR e as forças armadas.
A assinatura de um acordo para nomear um governo civil estava marcada para o início deste mês, no entanto, foi indefinidamente adiada no último minuto.
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O general Abdel Fatah al-Burhan é de fato o líder do país africano. Ele se tornou um nome conhecido em 2019, depois que o exército derrubou o autocrata de longa data Omar al-Bashir, após meses de protestos em massa.
Antigo aliado de Bashir e comandante militar que liderou campanhas criminosas no conflito de Darfur (2003-2008), Burhan mudou de lado com a queda do autocrata em 2019. Ele presidiu o Conselho Militar de Transição, órgão criado para supervisionar a transição do Sudão para o regime democrático, e se tornou presidente interino do país.
No entanto, com o prazo para entregar o poder a governantes civis se aproximando, em outubro de 2021, Burhan deu um golpe, derrubando o primeiro-ministro civil Abdalla Hamdok e acabando com a transição democrática.
Desde então, Burhan reforçou seu controle sobre o país, apesar de constantes protestos e de um acordo de dezembro de 2022 para abrir caminho para um governo de transição civil.
Hemedti desfruta de forte posição desde que Bashir assumiu o poder. Vindo de uma família de pastores de camelos distante da capital, ele subiu na hierarquia para se tornar líder da notória milícia Yanyawid, que deu origem as FAR e são acusadas de cometer crimes contra a humanidade durante o conflito de Darfur.
O conflito em Darfur eclodiu quando rebeldes de minorias étnicas locais lançaram uma insurgência em 2003, alegando opressão do governo de Cartum, dominado por árabes. Estima-se que até 300 mil pessoas tenham sido mortas e 2,7 milhões expulsas de suas casas em Darfur ao longo dos anos, segundo a ONU.
A milícia Yanyawid lutou ao lado das forças de Bashir contra os rebeldes no conflito. Embora não tivesse treinamento militar formal, Hemedti conseguiu conquistar uma posição na máquina de segurança de Bashir. Em 2013, ele assumiu a liderança do grupo paramilitar recém-formado FAR, que surgiu da Yanyawid.
Com frequência, Bashir contava com o grupo paramilitar para reprimir os protestos e o descontentamento que levaram à sua queda. À medida que as FAR cresciam e se fortaleciam, crescia a preocupação de que o grupo estivesse se tornando mais poderoso do que as forças de segurança oficiais do Sudão.
Em 2017, o país aprovou uma lei que reconheceu as FAR como uma força de segurança independente.
Como Burhan, Hemedti passou para o lado vencedor após a queda de Bashir. Relatos sobre ele especulando o papel de presidente se espalharam depois dele ter se tornado o vice-líder do Conselho Militar de Transição.
Em junho de 2019, uma repressão mortal num acampamento de protestos em Cartum deixou mais de 100 mortos. A ação foi atribuída as FAR. Apesar disso, a posição de Hemedti só se fortaleceu.
Seus anos à frente das FAR também o levaram a acumular aliados na Rússia e no Golfo, onde o grupo paramilitar foi enviado para lutar ao lado da coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen.
Burhan contou com as FAR para reprimir os protestos após o golpe de 2021. O líder paramilitar, porém, desapareceu dos holofotes na época, deixando Burhan ser o rosto do golpe. Ele foi então nomeado chefe adjunto do Conselho Soberano do governo, sendo efetivamente o número dois de Burhan.
Por: G1
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