Em 2022, o filho Bruno usou as redes sociais para mostrar a situação da família. Ele enviou um vídeo a uma página de Facebook mostrando as chamas do fogão da casa em que moravam, em Praia Grande, no litoral de São Paulo.
Nas imagens, a mãe havia usado álcool para acender o fogo e cozinhar para ele e os outros quatro irmãos. “Acabou o gás e a gente não tem muita comida”, disse o menino nas mensagens.
“É horrível não ter o seu próprio lar. Por mim, se eu não tivesse os meus filhos, não estaria aqui não. Estaria morando no meio da rua. Eu não ligaria”, afirmou.
Na casa do amigo do falecido marido, em Praia Grande (SP), ela e o filho mais novo dormem no sofá e outros quatro ficam no chão. “Tem hora que ele é bonzinho e tem hora que manda a gente embora, por causa da família dele, que não aceita. Vou ter que ficar aqui porque não tenho para onde ir”.
Menino de 12 anos de Praia Grande, no litoral de SP, comove a web com pedido de ajuda após ficar sem gás de cozinha e com pouca comida. — Foto: Reprodução/ Mil Grau na Tela e Arquivo Pessoal
De acordo com Andréia, depois que o marido teve um infarto e morreu na frente dela e dos filhos, conseguiu pagar dois meses de aluguel com o dinheiro que conseguiu em um emprego na área da reciclagem, onde recebia R$ 6,50 por dia.
Ao ficar dez meses sem pagar, ela foi despejada com os cinco filhos, de 9, 11, 12, 14 e 16 anos. A mulher, que está desempregada, contou que tem outros três filhos, sendo uma delas maior de idade, que mora em São Vicente e acolheu dois irmãos.
Pertences da família ficam em sacolas no quarto da casa em que estão abrigados em Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
Andréia afirmou que o maior arrependimento foi ter vendido o apartamento que ganhou da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU-SP). Segundo ela, o marido ainda era vivo e colocou o dinheiro na conta bancária dele.
“Eu sei que ele [marido] se envolveu com um homem que trabalhava com ele. Eu não sei o que eles fizeram, mas eu nunca mais vi o dinheiro”, lamentou.
Ela acrescentou que não era para estar sem moradia, já que recebeu doações, mas lembra ter levado um golpe da prima que, à época, recebeu algo em torno de R$ 6 mil em transferências em nome dela. Andréia não tinha acesso bancário para recolher o valor depositado via PIX.
Quando Andréia pediu o dinheiro arrecadado, a prima afirmou que havia enviado por engano a outra pessoa. Depois a parente confessou que havia ficado com os valores das doações.
“Já não temos mais casa, cama, fogão, geladeira. Só temos as roupas que ganhamos de doações e ficam em sacolas no canto do quarto. Na verdade, a gente não tem mais nada. Mas, graças à Deus, temos a vida e saúde”, finalizou.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Santos.
Por: G1
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