Mães de estudantes de escolas municipais de Mongaguá, no litoral de São Paulo, fizeram uma manifestação na Câmara Municipal, nesta segunda-feira (27), conta uma decisão da prefeitura. A administração municipal enviou uma notificação informando que os alunos matriculados nas escolas municipais e que moram a partir de dois quilômetros de distância da unidade, ficariam sem o serviço do transporte gratuito.
A notificação começou a valer a partir do dia 20 de março. De acordo com as mães, o documento informou que os pais deveriam ficar atentos aos endereços comunicados no ato da matrícula, pois uma auditoria seria feita para verificar a veracidade das informações.
A dona de casa Sandra Cristina Silva tem dois filhos. Segundo ela, os horários de entrada e saída das escolas são diferentes. Ela disse que as crianças tem 11 e quatro anos e estudam em escolas próximas.
“Minha filha de 11 anos sai da escola próximo ao meio dia. Eu tenho ir buscá-la a pé, embaixo de sol e chuva e levar comigo meu filho menor. Aí, eu volto todo o caminho, dou almoço para os dois e faço o caminho novamente para levar o meu filho menor para a escola”, contou ela.
Já a reclamação da dona de casa Angela Silva se refere a mudança no itinerário dos ônibus. Após a mudança, o filho dela fica mais de uma hora no ônibus.
“Ele pegava o transporte às 6h37 no bairro e chegava próximo às 7h na escola. Agora, ele tem que pegar o transporte municipal e chega no ponto às 5h40. Faz todo o itinerário ao contrário, passando primeiro no Centro, depois na praia. Ele demora mais de uma hora”, explicou.
Comissão de vereadores de Mongaguá recebem grupo de mães para discutir sobre o transporte escolar — Foto: Reprodução g1
Os vereadores receberam parte do grupo das mães na noite de segunda-feira (28). O presidente da Câmara Guinho Silveste (Republicanos), disse que está em tratativas com a prefeitura da cidade. “A gente está conversando com o prefeito e com a diretora de Educação. Precisamos organizar melhor a quantidade de veículos, ver os trajetos e trazer essa resposta pra ela [mães]”, disse ele.
Já o vereador Carlos Cafema (PSDB) disse que será cobrado documentos para avaliar as medidas a serem tomadas. “Nós precisamos ver os ônibus da prefeitura. Vamos cobrar o contrato que a administração tem com a empresa que faz o transporte. Além disso, faremos um levantamento da quantidade de alunos que usam o serviço na cidade”, explicou.
A Prefeitura de Mongaguá, através da Diretoria de Educação, informou que está elaborando um novo projeto, no intuito de racionalizar o uso do transporte escolar gratuito e, assim, garantir, de forma plena, o acesso de todos à Educação.
Esclareceu que por ora, que fixou-se o raio de 2 km de distanciamento entre a residência do aluno e a escola onde ele estuda como parâmetro para a utilização do serviço de transporte escolar gratuito, em consonância com as decisões outorgadas pelo Supremo Tribunal Federal.
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