A passagem de Rafah é o único lugar em que é possível cruzar do Egito para a Faixa de Gaza. A região não é controlada por Israel, mas tanto os israelenses quanto os egípcios já mantinham o local fortemente controlado antes da guerra.
Israel permitiu a entrada de ajuda humanitária em Gaza na quarta-feira (18), após a visita do presidente dos Estados Unidos Joe Biden. A passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, foi parcialmente aberta pela primeira vez na sexta-feira (20), 12 dias após o início do conflito.
A passagem está parcialmente aberta para transporte exclusivo de mantimentos.
O objetivo do bloqueio, segundo o governo israelense, é libertar os 200 reféns levados pelo Hamas após o ataque início do conflito. A guerra, até aqui, que já deixou mais de 6 mil mortos.
O governo israelense afirmou que “não impedirá” as entregas de alimentos, água e medicamentos, porém, não houve menção a combustível, que é essencial para abastecer os geradores dos hospitais locais.
A ONU (Organizações das Nações Unidas) alerta que hospitais precisam de combustível para abastecer os geradores de energia, mas ainda não há informação se a entrada foi liberada.
“O combustível também é necessário para geradores hospitalares, ambulâncias e usinas de dessalinização – e instamos Israel a adicionar combustível aos suprimentos vitais autorizados a entrar em Gaza”, disse o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa.
Veja abaixo informações sobre os mantimentos a cada dia após a permissão da ajuda humanitária.
Cerca de 100 caminhões com mantimentos aguardavam na passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. No entanto, apenas 34 caminhões cruzaram o corredor de ajuda e entraram no território.
Havia um total de 17 caminhões no comboio de domingo, transportando suprimentos médicos e alimentares, disseram fontes humanitárias e de segurança ouvidos pela agência de notícias Reuters.
Autoridades da ONU dizem que seria necessário um ritmo contínuo maior, de pelo menos 100 caminhões por dia em Gaza, para atender às necessidades urgentes.
Pacotes de ajuda humanitária japonesa chegaram a uma escola que abrigava pessoas de Gaza, em Khan Younis, nesta segunda-feira (23).
Segundo médicos da organização Crescente Vermelho, chegaram insumos médicos para os hospitais, além de uma pequena quantidade de alimentos.
Os trabalhos para distribuição para aqueles que precisam já foram iniciadas.
Uma enorme fila de mais de milhares caminhões aguarda do lado egípcio, na fronteira com Rafah, para poder cruzar para dentro de Gaza com 3.000 toneladas de mantimentos. O montante é referente a ajuda de diversos países.
“Nós temos ajuda suficiente para um longo período de tempo”, disse à DW um funcionário de uma organização humanitária que está em Rafah. “Temos comida, laticínios, vegetais, remédios.
Há ainda mais ajuda no aeroporto El Arish, na costa nordeste do Egito, próximo a passagem.
Um avião militar turco cheio de suprimentos médicos chegou ao Egito, segundo fontes locais nesta segunda-feira. Outros dois aviões carregados com suprimentos de ajuda também devem decolar da capital Turca.
Depois de ser descarregada do avião no aeroporto e em caminhões, a ajuda deve passar pela passagem de fronteira de Rafah para Gaza quando for possível.
Os mantimentos estão no Aeroporto Internacional de Al-Arish, no Egito, a 44,5 quilômetros de Rafah. De lá, o carregamento terá que seguir por terra até o posto na fronteira com a Faixa de Gaza.
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