Conforme apurado pelo g1 nesta terça-feira (14), o patrulhamento terrestre e marítimo aconteceu de forma ininterrupta, estabelecendo pontos de controle de trânsito itinerante nas vias de acesso, além de inspeções navais no canal e áreas de fundeadouros.
Até segunda-feira (13), somente no Porto de Santos foram realizadas 125 abordagens a embarcações com apreensão de seis delas que apresentaram documentação irregular, além de 582 inspeções em veículos, 20 ações interagências e oito inspeções em casco de navios mercantes com uso de mergulhadores em apoio às ações da Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RF).
Ao todo, 1,9 mil militares atuam no Rio de Janeiro e em São Paulo. Sendo assim, o balanço total da operação na primeira semana é de 505 abordagens a embarcações com seis apreensões por irregularidades administrativas; 4.368 inspeções em veículos; 61 ações interagências e 11 inspeções em cascos de navios.
Segundo a Marinha do Brasil, os números ainda irão crescer, pois as ações serão intensificadas nas próximas semanas, contando com equipamentos que possuem tecnologia de ponta embarcados nos meios navais somados àqueles que serão operados em terra por fuzileiros navais.
Equipamentos de raio-x e outras tecnologias são empregadas para as inspeções em veículos e objetos suspeitos — Foto: Marinha do Brasil/Divulgação
A Operação Lais de Guia — nome faz referência a um nó conhecido pelos marinheiros, que é fácil de desatar e representa união das forças armadas e órgãos de segurança pública — reforça o patrulhamento e a inspeção naval nas áreas marítimas, sem impacto no funcionamento regular das localidades. Na operação há a soma de esforços entre agências, órgãos de segurança pública e a Marinha.
Em nota divulgada pela Marinha, o comandante da força-tarefa da operação, vice-almirante Renato Rangel Ferreira, informou que o prejuízo inicial ao tráfico é causado pela supressão da atividade devido ao trabalho de inteligência e da cooperação entre todos os órgãos envolvidos.
“A operação não foi uma surpresa para a sociedade e nem para os criminosos. Assim, um trabalho de médio/ longo prazo está sendo desenvolvido de forma a garantir que o tráfico não utilize essas vias estratégicas que estão sendo reforçadas pelas Forças Armadas, enquanto o trabalho de inteligência analisa e acompanha as atividades ilícitas e as alterações de padrão do caminho da droga e armas, causando assim a asfixia logística do tráfico”, enfatizou.
As operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) concedem aos militares das forças armadas, em caráter provisório, a possibilidade de atuar com poder de polícia até o restabelecimento da normalidade, de forma episódica, em área restrita e por tempo limitado. O objetivo é preservar a ordem pública e a integridade da população e garantir o funcionamento regular das instituições.
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