Manfredo Enrique Jurgensen em imagem divulgada pela polícia da Argentina — Foto: AFP
O médico Manfredo Jurgensen Caesar, fugitivo da Justiça chilena por um crime durante a ditadura de Augusto Pinochet, morreu na quinta-feira (15) na Argentina, onde foi detido em 3 de junho, quando se preparava para voar para a Alemanha.
Em 1979, Caesar era médico da Central Nacional de Informações (CNI), a principal entidade de inteligência da ditadura do Chile (1973 a 1990). Como médico da CNI, ele examinou um militante de esquerda de 32 anos que sofreu torturas durante cinco dias em um centro de detenção do próprio órgão governamental.
Caesar e outros dois médicos afirmaram que o homem que havia sofrido torturas estava em bom estado de saúde. No entendo, o militante morreu em agosto de 1979.
Décadas depois, em janeiro de 2022, a Suprema Corte chilena determinou uma pena de oito anos para Jurgensen, considerando-o coautor do homicídio.
Aos 79 anos, Jurgensen, que tinha dupla nacionalidade chileno-alemã, foi preso pela Polícia Aeroportuária quando estava prestes a embarcar em um voo da Lufthansa no Aeroporto Internacional de Ezeiza, perto de Buenos Aires.
No momento de sua prisão, o homem sofreu um mal-estar e foi internado em um hospital da região.
A juíza de direitos humanos da Corte de Apelações de Santiago, Paola Plaza González, solicitou à Argentina que o mantivesse detido para iniciar o processo de extradição.
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