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Menino com doença sem diagnóstico há 6 anos no litoral de SP mobiliza campanha para doação de sangue

today9 de novembro de 2022 20

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A mãe e empresária Thais dos Santos Blanco Alves disse ao g1 que o filho tinha melhorado e ido para o quarto, mas que teve uma instabilidade e voltou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permanece estável. “Meu menino é muito valente e nos enche de orgulho pela força e resiliência que tem”.

Ela contou que o Guilherme recebeu sangue, mas que a campanha tem objetivo de repor bolsas de sangue à unidade de saúde. “Temos que buscar mais anjos do amor para doar. Assim não faltará para ele se vir a precisar e nem para ninguém”.

“Quando meu filho começou a receber, falei com Deus ‘Senhor, tu sabes de quem é o sangue que meu filho está recebendo, transborde a vida desse doador com saúde e amor’. Meu coração estava em pura gratidão”, ressaltou Thaís.



Ela agradeceu todo amor que estão recebendo. “A importância de doar é gigante e pode fazer a diferença na vida, dá cura, dá reabilitação. A campanha do Guilherme pode ser qualquer tipo sanguíneo”.

Mesmo internado no Hospital Sabará, em São Paulo, os santistas podem doar sangue para Guilherme no Banco de Sangue do município, na Rua Dr. Armando Salles de Oliveira, 138, no Boqueirão. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h ás 17h, e aos sábados, das 7h às 15h.

Também é possível doar sangue para o estudante em um banco na capital paulista, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no Paraíso. O funcionamento é todos os dias, inclusive feriados, das 7h às 18h.

A situação de Guilherme mobilizou a web e o menino tem recebido mensagens de apoio e oração até de famosos. Ele, que sempre amou e jogava futebol, recebeu vídeo de apoio do ex-jogador Zico e do jogador do Real Madrid, Rodrygo Goes (veja abaixo).

Menino com doença sem diagnóstico há 6 anos luta pela vida e mobiliza famosos

Menino com doença sem diagnóstico há 6 anos luta pela vida e mobiliza famosos

A mãe disse que os vídeos com mensagens positivas estão fortalecendo o filho. Após uma semana hospitalizado, Guilherme fez questão de repostar o vídeo que recebeu do Zico ao mexer no celular pela primeira vez.

Segundo Thais, o filho sempre foi saudável, jogava futebol, tênis e era bastante ativo. Como se destacava nos esportes que praticava, Guilherme foi chamado para participar de um campeonato de futebol em Goiânia (GO) há 6 anos. “Na viagem ele começou a ter os primeiros sintomas, começou a ter mudança de voz e, quando foi jogar, parecia que não sabia jogar”.

“A gente percebeu que ele estava diferente, mas como estava muito calor e era o primeiro campeonato grande [dele], a gente achou que estava abalado pelas circunstâncias, mas não, estava começando ali uma outra fase da nossa vida”, relembrou.

Guilherme passou por vários exames e nenhum apontou o diagnóstico. “Na época, os médicos falavam muito de doença degenerativa que estaria se manifestando. A minha fé sempre foi muito grande. Não aceitei, não no sentido de não aceitar, mas de que eu acreditava que Deus seria maior e que aquilo não seria verdadeiro”.

De acordo com a mãe, todos os exames que os médicos achavam que dariam positivo, vinham negativo. “Mandaram exames para fora do país tentando diagnóstico e tudo negativo”.

Segundo ela, Guilherme foi enfrentando a vida com as mudanças e dificuldades que passou a ter. “A gente veio levando a vida, fazendo fisioterapia, ecoterapia, seguimos nossa vida”.

Com doença sem diagnóstico, Guilherme Alves, de 14 anos, luta pela vida após contrair sepse — Foto: Arquivo Pessoal

Na semana passada, Guilherme fez uma viagem de formatura de 9° ano com os amigos da escola. Ela conta que ele foi “super feliz”. Preocupada, ela resolveu viajar junto sem que o filho soubesse. A mãe se hospedou em um hotel próximo ao que ele estava. “Deus de alguma forma falava comigo o tempo inteiro de que ele ia precisar de mim”.

No penúltimo dia de viagem, Guilherme começou a sentir dores abdominais fortes. “Me ligaram e eu auxiliava nas medicações, pois já estou acostumada com os médicos que tratam ele, [mas] isso foi no começo da madrugada. Quando foi umas 5h eu vi que ele não melhorava e falei para meu marido buscá-lo que íamos levá-lo ao pronto-socorro”. Na unidade em Cesário Lange (SP), o médico queria interná-lo, mas a família decidiu levá-lo para São Paulo.

Horas após chegar no hospital em São Paulo, Guilherme teve complicações e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Virou sepse, que é uma infecção generalizada muito grave. Ele foi entubado e quase entrou na ECMO [oxigenação por membrana extracorpórea)”.

“E aí começou essa comoção de muita gente. Os amigos da escola chorando, o pessoal muito comovido, [pois] ele estava na viagem bem, feliz e em pouco tempo lutando pela vida”, disse a mãe.

Atualmente, uma equipe multidisciplinar acompanha Guilherme por se tratar de um caso raro. “Eles [médicos] falam que nunca viram um caso igual e agora está uma equipe em volta disso com intuito de encontrar um diagnóstico ou encontrar alguma resposta de como vamos ajudar o Gui”.

Sem o diagnóstico, o estudante não tem como iniciar um tratamento. “Essa é nossa procura há 6 anos. Ele fala com um pouquinho de dificuldade, mas fala, a gente consegue conversar com ele”. A mãe conta que atualmente o menino não consegue correr mais e nem andar rápido, senão ele cai.

“A partir do momento que a gente tem diagnóstico tem um direcionamento para poder ajudar. Ele nunca reclamou. Um menino sempre com sorriso lindo no rosto, um menino que não tem vergonha das dificuldades que passou a ter, de andar com dificuldade, de falar com dificuldade”, contou Thais.

A família e diversas pessoas que se comovem com a história de Guilherme estão realizando uma corrente de oração diária às 21h. “Todo dia mais gente entra para essa oração”.

A mãe agradeceu as mensagens de carinho que está recebendo das pessoas nas redes sociais. “Os médicos chamam ele de milagre porque foi por muito pouco mesmo. As pessoas que tiverem com dificuldade, mesmo quando possa parecer que está tudo perdido, confiem em Deus, entreguem nas mãos de Deus”, finalizou.

Família de Guilherme está em busca de um diagnóstico para iniciar tratamento após 6 anos sem respostas — Foto: Arquivo Pessoal

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Por: G1

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