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Um dos carros de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que morreu na última quinta-feira (29), aos 82 anos, ficará em uma exposição de veículos antigos no cemitério onde ele foi sepultado, em Santos, no litoral de São Paulo. O Rei ganhou a Mercedes-Benz 280-S de presente, após marcar o milésimo gol. O automóvel poderá ser visto pelo público no andar térreo do cemitério, próximo ao jardim e a capela.
Conformo apurado junto ao Memorial, a exposição de carros antigos é fixa, e ainda não há data para a chegada do veículo. O corpo de Pelé foi sepultado na última terça-feira (3) em um mausoléu no primeiro andar do cemitério, que fica no bairro Marapé, a poucos metros da Vila Belmiro.
Pelé teve diversos carros raros durante a vida. A história dele com a Mercedes-Benz começou em 1969, quando foi presenteado pelo empresário alemão Roland Endler, que foi presidente do Bayern de Munique, com um veículo do modelo 250 W114, logo após alcançar o milésimo gol na carreira.
Cinco anos depois, a própria montadora trocou o carro pela Mercedes-Benz 280-S, modelo que estará na exposição do cemitério vertical. Pelé chegou a vender o veículo, que passou por 18 outros donos, mas o mesmo foi recuperado, restaurado, blindado e presentado pela empresa ao Atleta do Século em 2004, quando o milésimo tento completou 35 anos.
O sepultamento do corpo de Pelé ocorreu por volta das 14h da última terça-feira (3), em um mausoléu do Memorial. A cerimônia foi fechada para 120 familiares e convidados. A decisão de que o Rei do Futebol fosse enterrado nesse espaço ocorreu após um acordo entre o cemitério e a família de Pelé.
Até então, Pelé seria enterrado por escolha própria no nono andar da construção vertical, que tem vista para a Vila Belmiro. O número do andar também se tratava de uma homenagem ao pai dele, que usava a camisa 9 nos tempos de jogador.
Corpo de Pelé chega a cemitério em Santos — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Segundo a assessoria de imprensa do Memorial, a mudança de andar aconteceu por conta da logística para o acesso ao mausoléu. O cemitério acrescentou que o espaço será aberto ao público no futuro, embora não haja previsão divulgada.
O espaço também conta com lóculos de dois nomes marcantes da música brasileira: Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr, morto em março de 2013, e do baixista Champingon, da mesma banda, que perdeu a vida seis meses depois. O pugilista Éder Jofre, que morreu em outubro deste ano, foi cremado no Memorial.
Pelé foi sepultado no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, que é considerado um dos maiores cemitérios verticais do mundo — Foto: Arquivo A Tribuna
Pelé morreu no último dia 29 de dezembro, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde há um mês para o tratamento de um tumor no cólon.
O quadro sofreu agravamento no dia 21 de dezembro, quando o boletim médico indicava “progressão oncológica”, com necessidades de cuidados para as funções renais e cardíacas.
Entre Tostão e Jairzinho, Pelé comemora gol contra a Tchecoslováquia, com seu famoso ‘soco no ar’, na Copa de 1970. Brasil venceu por 4 a 1 — Foto: DIVULGAÇÃO/ CBF
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