O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) concedeu liberdade provisória ao motorista que causou um acidente ao entrar na contramão da Via Expressa Sul, na última quarta-feira (29), em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A batida entre os dois veículos deixou quatro vítimas, entre elas uma mulher de 23 anos, que morreu no local. O g1 apurou também que ele usou o carro de uma empresa, de forma indevida, e foi demitido.
O caso ocorreu, por volta das 2h10 na quarta-feira (29), próximo ao km 3. A família que estava no carro atingido vinha da Bahia e seguia rumo para Peruíbe. O carro do condutor indiciado, que tem 34 anos, apareceu na contramão e se chocou com o veículo da família.
O motorista do veículo foi levado ao Pronto-Socorro (PS) Central, e outras duas passageiras, sendo uma criança, foram socorridas ao Hospital Irmã Dulce. Na unidade, uma das vítimas relatou ser mãe da vítima fatal e da criança encontrada no banco de trás.
O motorista ficou internado no PS Central e depois foi preso em flagrante, indiciado por homicídio culposo e lesão corporal. De acordo com informações obtidas pelo g1, o motorista que provocou o acidente estava utilizando o carro da empresa Soenvil de forma indevida. Por isso, ele foi demitido (veja mais detalhes abaixo).
Segundo apurado pelo g1, nesta segunda-feira (1º), a liberdade provisória foi concedida no mesmo dia da prisão. Conforme o Artigo 319 do Código de Processo Penal (CPP), a Justiça determinou que ele está proibido de se ausentar da cidade e deve se recolher no período noturno e em dias de folga.
A Justiça considerou que o homem não tem histórico criminal e que o caso se tratou de “ato isolado”. “Ademais, não há nos autos quaisquer indícios de que o réu pretende obstruir a instrução criminal ou esquivar-se à aplicação da lei penal, possuindo, inclusive, residência fixa”, diz o texto do termo da audiência de custódia.
Acidente na Via Expressa deixou jovem morta em Praia Grande (SP). — Foto: Reprodução
Uma testemunha relatou que o motorista do carro, que entrou na contramão, exalava “forte odor alcoólico”, além de estar com a “voz pastosa e olhos congestionados, vermelhos e semicerrados”.
Morador de Sorocaba, no interior paulista, ele admitiu ter ingerido bebida alcoólica mais cedo, mas não informou o horário ou quantidade. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e ficou internado no Pronto-Socorro (PS) Central com suspeita de fratura no fêmur, sob escolta policial.
Procurado pelo g1, o Hospital Irmã Dulce não respondeu sobre o estado de saúde das vítimas até a publicação desta reportagem. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) também foi procurada, mas não se manifestou sobre o caso.
Em nota, a empresa Soenvil disse que lamentou o acidente. Ela informou que colaborador em questão furtivamente se apoderou do veículo da empresa, fora do seu horário de trabalho.
“Segundo informações coletadas pelas autoridades policiais, ele se encontrava com a capacidade psicomotora comprometida em razão de eventual ingestão de bebida alcoólica ou de outra substância psicoativa, de modo que, por essas razões, a empresa realizou o imediato desligamento do funcionário em questão”, disse, em nota.
A empresa ainda informou que assim que se soube do acidente, se dirigiu às autoridades policiais para melhor conhecer os fatos, pedindo que elas transmitissem às vítimas a sua consternação diante do ocorrido e se colocou à disposição. “Reiteramos a nossa solidariedade e a permanente disposição para aplacar, dentro do possível, o sofrimento dos entes enlutados”.
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