Juan José Zúñiga foi destituído pelo presidente Luis Arce após uma série de declarações contra o ex-presidente Evo Morales, que aspira voltar ao cargo presidencial nas eleições do ano que vem.
Evo Morales rompeu com Arce no ano passado, mas faz parte do mesmo movimento do atual presidente.
“Nos últimos anos, houve uma série de confrontos entre Morales e Luis Arce enquanto a oposição olhava de camarote toda essa crise interna dentro do próprio partido do governo”, analisa Ariel Palácios, comentarista da Globonews.
Crise entre Zúñiga e Arce
O general Juan José Zuñiga afirmou que os militares prenderiam Morales caso o ex-presidente se candidatasse à presidência.
De acordo com Ariel Palácios, Zúñiga fez uma declaração que “ultrapassava qualquer espécie de institucionalidade”, o que levou Luis Arce a destituir o general, apesar da rivalidade com Evo Morales.
Ainda segundo o comentarista, a invasão é um “movimento militar inédito neste século”.
“Desde os anos 80 os militares não haviam se mobilizado para tentar invadir o palácio presidencial”, afirma. “Havia o mais variado tipo de rebeliões populares, de movimentos políticos, de manobras para derrubar presidentes, mas um golpe militar no estilo clássico – com os militares tomando a praça onde está o palácio presidencial – não acontecia há décadas.”
Presidente estava em outro palácio
Segundo testemunhas da agência de notícia Reuters, um tanque do Exército foi visto entrando no antigo palácio presidencial, em La Paz. Unidades militares foram vistas agrupadas em praças e ruas da capital.
“Por sorte existem dois palácios presidenciais: o palácio presidencial antigo (Palácio Quemado) e o palácio que é chamado ‘A Casa Grande do Povo’, onde estão instalados os novos escritórios presidenciais, e o presidente boliviano está neste outro palácio.
O presidente da Bolívia Luis Arce discursou ao vivo da ‘Casa Grande do Povo’, onde estão instalados os novos escritórios presidenciais.
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Por: G1
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