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Um jabuti fêmea de mais de 20 anos fugiu de uma família em São Vicente, no litoral de São Paulo. A professora e tutora, Gláucia Aguiar, contou ao g1, nesta quinta-feira (15), ter herdado a ‘Turtle’ [tartaruga, em inglês] do pai, que morreu há dois anos. “Queremos muito encontrá-la, ela tem um valor sentimental muito grande”.
“O jabuti foi uma herança do meu pai. Ele não me deixou carro, não me deixou casa, simplesmente sobrou para mim o jabuti. Vai me aliviar saber que ela está bem, porque meu pai tinha um amor muito grande por ela”, disse.
Glaucia mora no bairro Vila São Jorge e contou ter ligado para unidades que recebem animais em Santos e São Vicente, mas sem sucesso. Até o momento, apenas uma vizinha disse ter visto o jabuti pela rua – Turtle tem aproximadamente 30 centímetros.
A tutora contou à reportagem que, antes de Turtle ter sido vista, acreditou que a tivessem roubado. O jabuti fêmea costuma ficar no quintal da casa. Depois, passou a considerar a fuga, uma vez que o portão do imóvel esta com um problema na trava.
A professora contou ter espalhado cartazes pelo bairro, o que motivou diversas piadinhas. Segundo ela, as brincadeiras sempre partem da mesma pergunta: ‘Quem deixa uma tartaruga fugir?”
“Parece piada, não é? Mas, ao contrário do que imaginam, tartaruga (jabuti) corre. Não é mito. Anda bem rápido eu diria”, ressaltou Gláucia.
Jabuti de aproximadamente 30 centímetros fugiu de casa em São Vicente, SP — Foto: Arquivo pessoal
A professora afirmou cuidar de Turtle com a filha, mas, segundo ela, que é comum o animal passar um bom tempo adormecido. “Entrava debaixo dos móveis e ficava escondidinha. Acho que demorei a dar conta da falta dela. Chegava a ficar quatro ou cinco dias hibernando”.
Gláucia pede ajuda às pessoas para que possa reencontrar com o jabuti. “Preciso achar minha bichinha”, disse ela.
As espécies de quelônios, como são os jabutis, tartarugas e cágados, costumam hibernar [ficar em um estado adormecido] em épocas mais frias, quando a comida e água são escassas. É, portanto, um mecanismo que lhes permite poupar energia e sobreviver aos meses mais frios.
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