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O navio Genco Picardy veio da Nigéria. O caso de malária no tripulante filipino, de 27 anos, foi confirmado no dia 4 de julho. O navio graneleiro, que seguia para o Porto de Santos para receber uma carga de acúçar, saiu do continente africano em 20 de junho.
Além de febre e dor no corpo, o paciente teve fraqueza muscular. De acordo com o médico Gilberto Martins Maria, que o atendeu no Hospital Beneficência Portuguesa de Santos, ele estava muito debilitado.
“Nós desembarcamos o paciente, levamos para o hospital, fizemos os devidos exames. E, no momento que foi confirmado o caso de malária, ele foi internado”, disse o profissional em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo.
Tripulantes de navio diagnosticados com malária seguem internados em Santos
Quando o paciente testou positivo para malária, o restante dos tripulantes foram submetidos a testagem. A Autoridade Portuária de Santos (APS) informou, por meio de nota enviada na quarta-feira (10), que eles não estão doentes. Os resultados foram comunicados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Em acréscimo, agência marítima também cumpriu com a exigência para execução de desinfestação do navio na área de fundeio por empresa especializada”, disse a empresa. Também por nota, a Anvisa confirmou que não houve casos novos confirmados.
Segundo a APS, o navio Genco Picardy, da Nigéria, está na área de fundeio do Porto de Santos, com previsão de atracação para o dia 13 de julho.
Tripulantes diagnosticados com malária seguem internados em Santos
Outro caso de malária foi identificado na embarcação Common Galaxy, que veio a Santos após passar pela Costa do Marfim. Com febre, dor no corpo, dificuldade de respirar e dormência nas mãos, o tripulante foi desembarcado no último domingo (7) para atendimento médico e levado para o Hospital Beneficência Portuguesa de Santos.
A Anvisa determinou a desinsetização das duas embarcações e a testagem dos demais tripulantes. Segundo a APS, o segundo navio, o Common Galaxy, também está na área de fundeio, com previsão de atracação para o dia 15 de julho.
O g1 questionou a Anvisa nesta quinta-feira sobre o caso desta embarcação, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
Essa doença infecciosa é transmitida a partir da picada de mosquitos da família Anopheles, que são muito comuns em regiões tropicais e úmidas. Em algumas partes do Brasil, eles são conhecidos como mosquito prego.
O agente causador é protozoário Plasmodium e há cinco tipos diferentes dele. Os mais comuns são o falciparum, o vivax e o malariae.
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O parasita causador da malária tem uma capacidade de mutação muito grande. E isso faz com que seja quase impossível desenvolver imunidade após a infecção.
Após entrar no organismo humano, esse parasita viaja pela corrente sanguínea e se instala nas células do fígado. Após um tempo de maturação, ele volta ao sangue e invade as células vermelhas (também conhecidas como hemácias).
Ao longo desse processo, as células hepáticas e sanguíneas são destruídas, o que provoca sintomas como febre alta, dor de cabeça, calafrios, dor no corpo e perda de apetite.
Na sequência, o mosquito Anopheles pica a pessoa com malária e suga o sangue infectado, criando novas cadeias de transmissão na comunidade.
O Relatório Mundial sobre Malária, da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que 241 milhões de pessoas foram diagnosticadas em 2020 e, aproximadamente, 627 mil perderam a suas vidas devido à doença. Já a Agência de Saúde Global (Unitaid) afirma que 70% dessas são crianças com menos de 5 anos.
Os principais sintomas incluem:
Por: G1
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