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Benjamin Netanyahu vem esticando a corda ao conduzir um perigoso teste de resistência de sua coalizão, capitaneada por extremistas e ultra ortodoxos, contra a maioria da população israelense, a comunidade palestina e os EUA, o principal aliado e parceiro internacional de Israel.
O governo insiste em levar adiante a controversa reforma judicial, elaborada para enfraquecer a Suprema Corte e beneficiar o premiê acusado em três processos de corrupção, e também em avançar numa agressiva política de assentamentos na Cisjordânia.
O resultado é a irritação coletiva, que se refletiu também nas duras palavras do presidente dos EUA, Joe Biden, em entrevista à CNN no último domingo.
O presidente americano referiu-se à coalizão de Netanyahu como a mais extremista que ele já viu em Israel e aos ministros que integram o governo como parte do problema.
Em meio século de vida pública como defensor de Israel, Biden tem lugar de fala para criticar o premiê e negar-se a convidá-lo para ir a Washington nos conturbados sete meses deste governo.
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Os desacordos entre ambos mereceram destaque do colunista Thomas Friedman, do “New York Times”, ao considerar ser inevitável para Biden a reavaliação dos laços entre os dois países antes que Israel saia dos trilhos.
As declarações do presidente americano e o artigo do analista tiveram grande repercussão em Israel, que registrou mais uma semana de protestos e bloqueios de rodovias contra a reforma judicial que progride no Parlamento.
“Os EUA agora são forçados a enfrentar a ‘farsa’ da reforma judicial, enquanto Israel avança em direção à destruição da solução de dois Estados e à perda de apoio americano”, afirmou Friedman.
Em editorial, o jornal “Haaretz” considerou que Netanyahu não é digno do cargo que ocupa, por sabotar o relacionamento estratégico mais importante de Israel. “Por razões cínicas de sobrevivência política, ele escolheu pôr em risco o futuro do país”.
Como bem lembrou o jornal israelense, as bases deste relacionamento especial entre os dois países tiveram no compromisso dos EUA com a segurança de Israel a principal premissa.
Imagem aérea mostra manifestação em Tel Aviv, Israel, em 1º de abril de 2023 — Foto: REUTERS/Ilan Rosenberg
Essa lealdade foi expressa na ajuda americana de US$ 180 bilhões ao país, desde a sua criação, em 1948; e nos 53 vetos dos EUA, desde 1972, em resoluções do Conselho de Segurança que condenavam as ações de Israel.
Os números demonstram que Israel não pode prescindir do incondicional apoio americano, mas os ministros radicais de Netanyahu esnobam publicamente Biden, atacando-o em nome da soberania interna.
“Não vamos demitir um ministro porque os EUA não gostam dele, não somos uma república das bananas”, esbravejou Simcha Rothman, presidente do Comitê de Constituição do Knesset e um dos maiores defensores da reforma judicial empreendida pelo premiê.
Por trás das críticas de Biden a Netanyahu há um cálculo estratégico. O presidente americano conta com o respaldo da maioria dos judeus americanos. Netanyahu, por sua vez, vem caindo nas pesquisas. Se as eleições fossem hoje, sua coalizão de extrema direita não teria chances de formar governo.
A prova dessa frieza é que mudou o interlocutor israelense nos EUA. Na próxima semana, por ocasião do 75º aniversário de Israel, será o presidente Isaac Herzog, e não Netanyahu, o convidado a falar ao Congresso americano e a ser recebido por Biden.
Por: G1
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