Obras no morro do Parque Prainha, em São Vicente, estão paralisadas — Foto: Carlos Martins
As obras no morro do Parque Prainha, em São Vicente, no litoral de São Paulo, onde duas pessoas morreram após um deslizamento em março de 2020, estão paralisadas. Os serviços foram iniciados em setembro e, no mês seguinte, foram interrompidos. Os moradores temem que ocorra um novo deslizamento no local.
O temporal que caiu na Baixada Santista provocou deslizamentos no dia 3 de março de 2020 e deixou 45 mortos na região. Em São Vicente, um casal morreu após um deslizamento de terra no Parque Prainha. No mesmo mês, a Defesa Civil de São Vicente realizou uma vistoria no local junto ao Instituto de Pesquisas Técnicas (IPT). Em agosto, o Governo Federal concedeu R$ 7,6 milhões para reconstrução das encostas no Morro dos Barbosas e também no Parque Prainha.
Técnicos do IPT estiveram no morro do Parque Prainha, em São Vicente, para avaliar o solo e casas — Foto: Rodrigo Nardelli/G1
As obras começaram em setembro mas, segundo o morador Carlos Augusto Pereira Martins foram efetuados apenas cuidados paliativos na encosta do morro. Os funcionários colocaram algumas estacas em toda a encosta. Porém, segundo o morador, os funcionários trabalharam apenas até o fim de outubro e, depois, os serviços foram paralisados no local.
“Não terminaram o serviço, não está seguro”, afirmou. Os moradores temem que ocorra um novo deslizamento no morro com a chegada do período de chuvas em janeiro. “As chuvas não esperam”, disse Martins.
Em nota, a Prefeitura de São Vicente disse, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedup), que irá retomar as obras em breve, visando a finalização dos trabalhos até o fim de fevereiro.
Segundo a administração municipal, a obra ficou paralisada devido à necessidade de readequação de projeto em decorrência da localização de algumas residências situadas em determinados pontos da intervenção geotécnica, impedindo a sequência dos trabalhos.
Moradores temem novo deslizamento no morro do Parque Prainha, em São Vicente — Foto: Carlos Martins