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Uma onça-parda foi flagrada em um registro raro, ‘passeando’ prenha pela mata no Parque das Neblinas, em Bertioga, no litoral de São Paulo. O g1 apurou nesta terça-feira (11), junto ao Instituto Ecofuturo, responsável pela gestão da reserva ambiental, que esta é a segunda vez em que um animal da espécie é filmado grávido desde o começo do monitoramento no local, em 2015.
As imagens foram feitas durante a noite, por câmeras ‘trap’ do instituto, também conhecidas como ‘armadilhas fotográficas’, uma vez que ficam posicionadas na mata e filmam a partir de um sensor de movimento. O vídeo foi gravado no Parque das Neblinas em junho deste ano, sendo divulgado à imprensa nos últimos dias. A primeira aparição, porém, foi registrada no local há dois anos.
Segundo o diretor superintendente do Instituto Ecofuturo, Paulo Groke, as imagens são consideradas raras. “Além de ser um animal solitário e habitar áreas mais afastadas, a onça-parda possui um longo período entre uma gestação e outra”, explicou.
O diretor do instituto acrescentou que, apesar de estar presente em todos os biomas, a população de onças-pardas é classificada como “vulnerável” e se encontra “bastante reduzida”. Groke citou um levantamento feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que aponta a estimativa de apenas mil animais desta espécie na Mata Atlântica.
Onça-parda prenha é flagrada ‘passeando’ na mata no Parque da Neblina, SP — Foto: Instituto Ecofuturo/Divulgação
Apesar de ser apenas a segunda vez em que uma onça-parda em período de gestação é filmada no Parque das Neblinas, animais da espécie já foram flagrados em diversas outras situações no local. De acordo com o Ecofuturo, já foram feitos registros de onças-pardas passeando com filhotes, ‘vocalizando’ [emitindo sons], marcando território e arranhando árvores, por exemplo.
Onças-pardas são flagradas em momento de ‘descanso’, marcação de território e vocalização
O Parque das Neblinas está localizado em Bertioga e Mogi das Cruzes (SP), com uma área de 7 mil hectares de Mata Atlântica. Por meio de nota, a assessoria de imprensa informou ao g1 que mais de 70 pesquisas já foram realizadas no local e, a partir delas, “quatro novas espécies para a ciência” foram identificadas.
O Instituto Ecofuturo, por sua vez, faz a gestão do parque e é mantido pela Suzano. Trata-se de uma organização sem fins lucrativos fundada em 1999 e que, segundo nota à reportagem, contribui para “transformar a sociedade” por meio da conservação ambiental e promoção do conhecimento.
Onças-pardas são filmadas ‘encarando’ câmera e em momento ‘incomum’ no litoral de SP — Foto: Instituto Ecofuturo/Divulgação
Por: G1
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