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Palácios, joias, selos raros e até cisnes: qual é a fortuna do rei Charles III e da família real britânica?

today5 de maio de 2023 10

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A fortuna de Charles é quase o dobro da atribuída à sua mãe, a rainha Elizabeth II, de 370 milhões de libras – de quem ele herdou uma gama gigantesca de bens. Na cotação desta quinta-feira (4), o patrimônio do novo rei atinge algo em torno de R$ 3,8 bilhões.

De acordo com o levantamento do Sunday Times, Charles III já vinha turbinando suas reservas pessoais ao poupar lucros recebidos via Ducado da Cornualha, um império comercial que gera rendimentos ao príncipe (entenda mais abaixo o que são os ducados).

A publicação do jornal britânico também destaca que os rendimentos de Charles foram impulsionados em meio a uma ambiciosa política de investimentos, que foi adotada pelo então príncipe de Gales após seu divórcio com a princesa Diana, no início dos anos 1990.



Coroa é colocada sobre o caixão da rainha Elizabeth II — Foto: Reuters

Em novembro do ano passado, a revista Forbes também havia divulgado estimativas sobre a fortuna do novo rei. Devido à diferença metodológica de cálculo e à complexidade dos ativos da família real britânica, o resultado foi um pouco diferente – mas igualmente expressivo.

Segundo a revista, o monarca herdou de sua mãe um total de US$ 500 milhões, incluindo castelos, joias, obras de arte, selos raros, entre outros. Passou também a supervisionar instituições que administram cerca de US$ 42 bilhões em ativos, incluindo alguns dos palácios reais mais famosos do mundo, como o de Buckingham.

O ativo mais valioso do rei Charles III, de acordo com a Forbes, é o Crown Estate, um amplo portfólio imobiliário com US$ 17,5 bilhões em ativos líquidos. Nele, está incluída a Regent Street, uma das maiores ruas comerciais de Londres.

O patrimônio da família real britânica

Mensurar o império financeiro dos Windsor não é simples. Além dos palácios e joias da coroa, a fortuna inclui longas extensões de terra, que vão de propriedades de escritórios a um importante estádio de críquete (esporte de origem inglesa, que utiliza bola e tacos), além de terras agrícolas nos arredores do Reino Unido.

No caso do rei Charles III, ao assumir o trono, ele recebeu automaticamente o Ducado de Lancaster. Com isso – e seguindo a tradição –, o Ducado da Cornualha, antes em posse de Charles, passou ser de seu filho mais velho, o príncipe William, primeiro na linha de sucessão ao trono britânico.

Palácio de de Buckingham, em Londres — Foto: Reuters

Em definição simples, ducados são territórios tradicionalmente governados por um duque ou uma duquesa. Nesse caso, são conjuntos de propriedades privadas, que incluem terras, ativos e outros bens. O Ducado de Lancaster é de propriedade do soberano de turno do Reino Unido – ou seja, o rei ou a rainha.

O portfólio de terras e propriedades no Ducado da Cornualha é significativamente maior do que o Ducado de Lancaster, conforme levantamento do jornal The Washington Post: abrange 0,2% de todas as terras no Reino Unido, incluindo o Lord’s Cricket Ground – o famoso estádio de críquete.

Tanto o Castelo de Balmoral, na Escócia, quanto o Sandringham Estate, na Inglaterra, foram transmitidos à rainha Elizabeth pelo pai dela, o rei George VI – e devem ficar com Charles III.

O Crown Estate, que se mantém na lista de principais propriedades da família real, inclui luxuosas propriedades em Londres. Apesar de ser um patrimônio formal da família, está sob o controle do governo britânico – que recebe as centenas de milhões de dólares geradas pela carteira a cada ano.

O governo devolve, então, 25% do lucro do Crown Estate à realeza, sob o que é conhecido como Subsídio Soberano. Em 2021, o balanço financeiro público da família real listou a doação em cerca de US$ 99 milhões – dinheiro destinado a pagar a manutenção dos palácios e outras despesas.

Os custos significativos de segurança da realeza não estão incluídos. E, em vez disso, são pagos pelo tesouro do governo britânico.

Milhões de dólares e cisnes: a herança de Elizabeth II

Cisnes no rio Tâmisa, após a morte da rainha Elizabeth II — Foto: Reuters

Além dos US$ 500 milhões estimados pela Forbes, a rainha Elizabeth II também deixou para Charles III uma grande variedade de animais: 32 mil cisnes e um número desconhecido de golfinhos, baleias e esturjões (um tipo de peixe de cuja ova é feito o caviar).

Essa atribuição à família real tem uma explicação: ainda no século XII, foi decidido conceder ao ocupante do trono britânico a propriedade dos animais, cujas espécies estão ameaçadas de extinção, com o objetivo de preservar sua população.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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