Os motoristas que desejarem circular durante a semana pela área mais engarrafada da cidade terão que pagar uma taxa de US$ 17, o correspondente a R$ 81 e US$ 23 durante o horário de pico ou R$ 110.
A previsão é que o pedágio em Nova York comece a ser cobrado no início do ano que vem. Os detalhes ainda estão sendo finalizados, mas a proposta já recebe críticas de quem mais circula pela cidade (saiba mais abaixo).
Manhattan — Foto: Reprodução/TV Globo
O diretor da empresa que ajudou a desenvolver o plano estima que a tarifação do congestionamento pode levar a uma redução de 10% no número de carros na cidade, resultando potencialmente em reduções no engarrafamento.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, é ainda mais otimista sobre os benefícios potenciais do plano. Ela espera uma redução de 15% a 20% de veículos na área comercial central, o que significaria menos ruído, menos congestionamento, menos poluição e menos acidentes.
O objetivo do chamado imposto sobre engarrafamento é arrecadar US$ 1 bilhão por ano, que será investido na melhoria do sistema de metrô para incentivar mais nova-iorquinos a usarem mais o transporte público.
Os trens em NY ficaram mais vazios desde o início da pandemia. Em 2019, eram quase 5,5 milhões de passageiros por dia e mesmo com a retomada do trabalho presencial, a média diária ficou perto de 3 milhões.
A proposta enfrenta críticas de alguns residentes e passageiros, incluindo motoristas de táxi que estão preocupados com os custos adicionais e gorjetas potencialmente mais baixas.
“A gente já paga uma taxa de quatro dólares pra companhia de transportes coletivos. Antes custava 1,50. Cada vez que isso aumenta, nós recebemos menos gorjetas”, reclamou um taxista.
Além disso, o estado vizinho de Nova Jersey se opõe ao plano. O estado alega que, ao reduzir a circulação de carros na ilha de Manhattan, o projeto vai levar ao aumento do trânsito – e piora da qualidade do ar – do outro lado do rio.
Pedágio urbano também é cobrado em Londres — Foto: Reprodução/TV Globo
Modelos semelhantes em outras cidades
Londres, por exemplo, implementou um modelo de tarifação de congestionamento parecido em 2003. Para circular dentro dessa área os motoristas precisam desembolsar 15 libras por dia – o equivalente a xx reais.
O professor de políticas públicas da Cornell University, Rick Geddes, destaca que, com a cobrança, as pessoas terão mais incentivo para usar o transporte público.
O professor também cita o sucesso do modelo em outras cidades como Londres, Estocolmo e Singapura, como prova de que a cobrança é eficaz para reduzir o trânsito e melhorar a qualidade do ar.
“Existe uma grande diferença na opinião das pessoas sobre essas políticas antes da implementação e depois que entram em vigor, quando elas conseguem ver os benefícios na prática”, diz.
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Por: G1
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